
Na sexta-feira (31/01) a Polícia Civil chegou a mencionar que Ana Flávia Menezes Gonçalves e Carina Ramos, foram indiciadas pelo triplo homicídio qualificado do pai, da mãe e do irmão de Ana, respectivamente Romuyuki, Flaviana e Juan Gonçalves. Mas na tarde deste sábado a polícia corrigiu a informação, de que as duas não foram indiciadas pelo crime. Ambas estão presas na Cadeia Feminina do 7° Distrito Policial de São Bernardo desde quarta-feira (29/01). A prisão temporária tem 30 dias de validade e enquanto isso a polícia continua na apuração das provas e na busca de identificar outros suspeitos.
O advogado das duas, Lucas Domingos, confirmou ao RD que as duas não foram indiciadas e disse que a defesa mantém o mesmo posicionamento, ou seja, o de negativa da autoria do crime. Ana Flávia e Carina tiveram a prisão temporária decretada depois que a polícia encontrou divergências no primeiro depoimento delas dado à polícia ainda no dia do crime, na terça-feira (28/01), quando os corpos dos três familiares foram encontrados carbonizados no porta-malas do carro da família. Exames necroscópicos apontaram que a causa da morte foi traumatismo crânio-encefálico resultante de terem sido atingidos por objeto contundente como um pedaço de madeira, por exemplo.
A polícia investiga também os celulares apreendidos das duas mulheres e vasculham também suas redes sociais, na intenção de encontrar entre os contatos pessoas que poderiam ter participado no crime.
Também na sexta-feira a avó materna de Ana Flávia, Vera Lúcia Chagas Conceição, foi à sede do DEIC de São Bernardo e chegou a conversar com a neta, na saída da delegacia ela relatou não ter dúvidas da participação da jovem no crime. “Se eu acreditasse nela eu não estava aqui pedindo Justiça. Foi ela”, declarou.
O defensor Lucas Domingos minimizou essa situação. “Em questão da família e demais pessoas, sempre haverá pressão por conta do que houve, mas mantemos a mesma posição da defesa de anteriormente”, disse o advogado.