
A retirada de pelo menos 12 árvores na rua Batavia, no Jardim Santo Alberto, em Santo André, causou irritação para alguns moradores. Acontece que, enquanto a Prefeitura de Santo André justifica a remoção das mudas por riscos de quenda eminentes, há quem justifica a remoção das mudas como crime ambiental.
O comerciante Luiz Carlos da Costa, que é morador local, defende que as árvores retiradas estavam em bom estado de saúde, e nunca ameaçaram queda no local. “Elas nem balançavam nem nada, e agora só sobrou os troncos. Se havia qualquer risco de queda, até poderia haver algum tipo de poda, mas serrar as árvores? retirá-las?”, questiona indignado.
Ainda de acordo com o reclamante, a prefeitura sequer apresentou laudo técnico que comprove a necessidade da retirada das árvores. Na manhã da última quinta-feira (26/2) quando a reclamação foi registrada, todas as 12 árvores já haviam sido cortadas, mas a previsão do munícipe era de que outras também fossem retiradas. “São árvores nativas, com mais de trinta anos de história sendo retiradas. É um crime ambiental”, afirma.
O munícipe ressalta ainda a necessidade de políticas públicas voltadas ao cuidado com o meio ambiente. “Ao invés de cortarem, precisamos que cuidem das árvores, que as façam crescer com qualidade”, completa.
Em nota, a Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Manutenção e Serviços Urbanos, esclarece que todas as árvores situadas no endereço, no complexo Cesa Jardim Santo André, foram vistoriadas por técnicos habilitados. O serviço de remoção de árvores contempla as que constam problemas fitossanitários, trazendo riscos eminentes para os usuários do equipamento público.
Ainda de acordo com a administração, o Cesa Jardim Santo Alberto passa por obras de revitalização e novas árvores adequadas serão plantadas, reiniciando a sucessão ecológica das áreas. “As outras árvores receberam poda de manutenção, livrando possíveis interferências ao equipamento público e também na rede elétrica. Cabe esclarecer também que as árvores que receberam a chamada poda drástica apresentavam parasita “erva de passarinho” que precisa ser removido totalmente (eliminando o galho onde ele se instalou), na tentativa de salvar a árvore”, diz a nota.