
Nas próximas duas semanas serão votados os relatórios finais da CPIs (comissões parlamentares de inquérito) da Despoluição da Billings e do estádio Primeiro de Maio, ambas na Câmara de São Bernardo. Com isso, duas novas comissões podem aparecer a partir de abril, fato que gera debates internos no Legislativo, pois já existem alguns pedidos protocolados e outros em vista.
Desde 2019, existe limitador que só permite duas CPIs por vez no Legislativo de São Bernardo. Teoricamente, com a abertura das duas vagas os vereadores passariam a observar os pedidos de Julinho Fuzari (Cidadania) e Rafael Demarchi (Republicanos) para emplacar a CPI da Saúde, e o pedido do Bispo João Batista (Republicanos) para a CPI da OAS. Ambas já anunciadas no ano passado.
Internamente todos estão no compasso de espera para saber sobre o destino dos pedidos. “Essa CPI (da Saúde) já deveria tramitar. Foi cometida irregularidade, burlaram o regimento interno, mudaram o regimento após a CPI ter sido protocolada e foram aprovadas outras duas CPIs que não estavam no debate da Câmara e nem da sociedade, mas aprovaram duas CPIs no afogadilho para impedir que nossa CPI da Saúde tramitasse”, explicou Fuzari.
Apesar do impedimento e das reclamações, Julinho considera que o pedido de investigação resultou no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado entre a Fundação do ABC e o Ministério Público no ano passado e, om isso, em mudanças administrativas na Organização Social de Saúde (OSS), que tem a Prefeitura de São Bernardo uma das mantenedoras.
Julinho Fuzari apenas aguarda que a Câmara inicie oficialmente os trabalhos da CPI da Saúde, pois a mesma já conta com 10 assinaturas no protocolo, ou seja, já tem o necessário para começar. Porém, nas outras comissões aprovadas no Legislativo houve votação em plenário para avalizar o pedido.
Sobre a CPI da OAS, o Bispo João Batista queria investigar obras que foram feitas pela empresa na cidade durante o governo do ex-prefeito Luiz Marinho (PT). O processo também conta com as assinaturas necessárias, porém, ainda tem de passar pelo plenário.
Enquanto os dois pedidos ainda aguardam posicionamento oficial do Legislativo, nos bastidores é articulada mais uma CPI, a do Oleoduto para investigar supostos problemas nos dutos da Transpetro. O vereador Josias Paz, o Gordo da Adega (PCdoB), articula com os demais vereadores para tentar emplacar a sua comissão que ainda não conta com documentação oficial com o mínimo de 10 assinaturas.