
Durante o período de isolamento social, quem tem pet precisa redobrar a atenção com o manejo alimentar, assunto que impacta diretamente na saúde do animal. Como a orientação é para que as pessoas fiquem em casa, é necessário evitar os passeios com os pets. Como consequência, a frequência de exercícios físicos dos animais diminui e eles gastam menos energia. Para evitar que eles ganhem peso e se tornem obesos, o médico veterinário Flavio Silva orienta sobre como regrar a alimentação dos bichinhos.
“É importante ressaltar que não é aconselhável trocar a alimentação dos animais em situações de estresse e mudanças de rotina”, destaca . Portanto, de acordo com o profissional, manter o alimento habitual é a melhor conduta, exceto se houver outra indicação do médico veterinário do animal. Flavio dá algumas dicas importantes para garantir a saúde alimentar do pet nessa fase:
Sobre a quantidade de alimento oferecer ao pet, Silva explica: “A quantidade ideal varia de acordo com o peso, idade, nível de atividade física do animal e quantidade de energia disponível no alimento. No verso das embalagens está a orientação de consumo diária. É importante seguir a recomendação”, diz.
Para os cães filhotes, a recomendação é fracionar a alimentação no mínimo de 3 a 4 refeições por dia até os 6 meses de idade, quando então é indicado oferecer no mínimo 2 refeições diárias. No caso dos gatos, tanto para adultos quanto para filhotes, a orientação é disponibilizar a quantidade de alimento diária para que o próprio animal estabeleça o número de refeições adequado às suas necessidades. “Dessa forma, as refeições serão determinadas pelo gato, mas a quantidade ofertada por dia será controlada pelo tutor, com base na orientação do médico veterinário ou da embalagem”, explica.
Sobre os petiscos, o médico veterinário alerta que tutores devem estar muito atentos para não compensar a ausência de passeios com agrados em excesso. Isso pode fazer com que os pets ganhem peso rapidamente, o que é um risco para o desenvolvimento de problemas de saúde. “É necessário evitar o exagero e a regra é não ultrapassar 10% das calorias diárias dos pets com petiscos. Com este cuidado, os animais continuarão saudáveis”, conta.
Para entreter os pets, que, se habitualmente ativos, podem se entediar facilmente com a falta de passeios, a dica é promover atividades dentro de casa e investir no enriquecimento ambiental. “Existem diversas opções de brinquedos e até tutorias na internet para fazê-los em casa que estimulam a movimentação, a atenção e o gasto energético durante a quarentena”, diz Flávio Silva. Além dos brinquedos, é importante reservar um período do dia para brincar com os pets e estreitar o vínculo com eles. “Com essas dicas e uma nova rotina dentro de casa, os pets se manterão saudáveis durante a quarentena”, finaliza.