
As incertezas quanto a data para realizar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) tem dificultado os estudantes sobre o que fazer para a prova. Nos colégios particulares a dica é não deixar de estudar, mesmo que a prova tenha outra data, o que também é defendido pelos professores, já que o acesso a internet tem dificultado os estudantes que estão em vulnerabilidade social a se prepararem para o Exame.
Um dos pontos citados por Paulo Roberto, diretor de vestibulares do Colégio Singular, em Santo André, é quanto aos demais vestibulares, que seguem com datas sem alteração, devido a pandemia do novo coronavírus (covid-19). “Todos os grandes vestibulares já têm as datas dos vestibulares. Mantiveram em novembro, acho que é uma questão de organização, se apertar vão adiar. As universidades também correm risco de o ano letivo ser aumentado”, explica.
Para o momento, Paulo garante que o estudante que seguir com os estudos pode ter mais chances na hora da prova. “Convém o aluno realmente se preparar, a qualidade dos concorrentes vai ser maior, estudar a distância já e mais difícil. Aqueles que conseguirem manter o foco vão chegar na frente, seja mantida ou não a data. Porque tem muita gente dispersa com os estudos”.
No Singular, os professores seguem com cronograma das datas atuais e no mesmo esquema de aulas numeradas para evitar a perda do conteúdo, mas o Diretor acha justo o adiamento do Enem. “É mais justo adiar, agora para quem for estudar a dica é não deixar matéria atrasada. Participar de atividades, treinar para os vestibulares. A vaga é decidida para o cara que na hora da prova consegue ser melhor, durante o tempo disponível na prova”, conclui.
Ainda que a data seja incerta, o diretor geral do Colégio Pentágono, Carlos Rivera, salienta que os alunos não devem deixar de estudar e a interrupção pode tirar o foco dos estudantes. “No ponto de vista pedagógico, este relaxamento não faz bem. É preciso manter o aquecimento para entrar no jogo preparado. Quanto a mudança da data é uma questão polêmica. Eu, particularmente, acredito que há necessidade de uma discussão ampla”, diz.
Já sobre o que estudar e fazer para se preparar para o Enem, Rivera orienta que os alunos sigam as orientações de cada escola. “O ano letivo para os estudantes da última série do ensino médio foi planejado para que no final de outubro ele esteja em condições de fazer a prova. Segundo que aproveitem este tempo em casa e revejam os exames dos anos anteriores, isso facilita a familiarização com as provas que encontrarão. Terceiro, que evitem um acompanhamento cerrado das noticias sobre a pandemia. Isto é tudo muito novo e, para alguns estudantes, pode não ser positivo”.
“Os pais também são importantes neste processo, devem orientar sobre a rotina. Também em entender o momento do seu filho. A adolescência por si só não é fácil e temos a indefinição e pressão do Enem, para piorar o isolamento. Esse conjunto de coisas, se não for bem administrado pode ter danos para os estudantes no curto prazo”, completa.
Com o aulão online, a Fundação Santo André, passou a oferecer gratuitamente as aulas ministradas por professores da escola com conteúdos voltados ao Enem. “Para o aluno neste momento de distanciamento social, é indicado o uso de ferramentas tecnológicas, plataformas digitais, cursos on-line, trabalham também com as competências e habilidades que o Enem exige”, comenta a diretora Elenir Sarro. As inscrições devem ser realizadas no site www.colegio.fsa.br.
Sobre a prova, Elenir salienta a importância dos estudos e do Exame. “O saber é fundamental para a vida acadêmica dos adolescentes, no plano pessoal e profissional, os alunos precisam ter em mente que, apesar de estarmos vivendo um cenário atípico em todos os setores, os estudos são essenciais em qualquer momento da vida e os tornam aptos a enfrentar todo tipo de situação”, comenta.
Já sobre as datas do Enem, a FSA e a diretora disseram que nesse momento se tornou um desafio maior ainda ara os alunos. “É uma meta a ser cumprida com êxito. O Enem é muito importante para a vida acadêmica e o futuro dos alunos, torcemos para que a melhor decisão seja dada pelos órgãos governamentais”, completa