
Um protesto fechou completamente a avenida Dom Pedro de Alcântara, na Vila São Pedro, em São Bernardo, entre o final da tarde e início da noite desta terça-feira (09/06). A via, a principal do bairro, ficou completamente interditada nos dois sentidos após manifestantes que ocupavam área na rua 28 de abril, serem retirados do terreno.
Cerca de 50 pessoas fecharam a avenida com pedados de móveis e outros objetos e atearam fogo. Segundo o integrante do movimento de moradia MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Anderson Dalecio disse que o manifesto foi contra demolição na rua 28 de abril, onde seis imóveis foram afetados. “O prefeito demoliu seis casas sem ordem judicial. Pedimos que suspenda a demolição das casas, esse é um movimento pacífico”, explicou. O protesto durou cerca de duas horas. A Polícia Militar negociou a liberação da via pelos manifestantes e os bombeiros foram chamados para apagar o fogo e liberar avenida. Não houve confronto.
Ainda de acordo com Dalecio, depois da manifestação, os moradores conseguiram uma reunião com representantes da prefeitura que deve ocorrer nesta quarta-feira, às 11hs na Secretaria de Habitação. Em nota a prefeitura informou que a ocupação era irregular pelo motivo de área tombada e também área de risco. “A Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Habitação, esclarece que promoveu nesta terça-feira, na Vila São Pedro, medida fiscalizatória para impedir apropriação indevida e desmatamento de área tombada pela Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc). Os moradores responsáveis pela invasão foram notificados sobre a irregularidade e avisados sobre a ação para regularização da área”, justifica a prefeitura.
Ainda de acordo com a administração parte da área é publica. “Durante a ação, foi constatada invasão de área de propriedade do município, localizada entre a rua Joana D’Arc e rua 28 de abril, onde foram detectadas 16 estruturas montadas em área classificada como de risco pela Defesa Civil, sem qualquer morador e pertences pessoais. Ligações clandestinas de água e luz também foram encontradas na área. Com apoio da Guarda Civil Municipal, além de profissionais da Guarda Ambiental e da Defesa Civil, equipes da Secretaria de Habitação realizaram as devidas ações para coibir a apropriação indevida do terreno, desmontando as dez estruturas provisórias instaladas no local. As demais estruturas estão aguardando notificação da Procuradoria-Geral do Município para serem desmontadas nos próximos dias”, diz nota da prefeitura.
O representante do MTST, disse que os demais moradores tem 15 dias para deixar área, segundo notificação da prefeitura.