O Sesi-SP estendeu mais 18 dias a produção gratuita de marmitas para comunidades carentes do ABC e Estado. Entidades assistenciais cadastradas em cada município são as responsáveis por fazer a entrega de pelo menos 8 mil marmitas ao dia, entre segunda-feira a sábado, para a população em situação de vulnerabilidade que recebe, ainda, doação de cobertores.
Em entrevista ao RDtv, Mário Sérgio Quaranta, diretor das unidades do Sesi de Diadema, Mauá, Santo André e São Bernardo, fala sobre a ampliação do serviço. “Estamos em um momento de grandes dificuldades, um cenário assustador e que precisa do apoio da indústria, por isso estendemos o serviço até, pelo menos, o fim de junho”, conta. A expectativa é entregar 6 milhões de refeições completas com arroz, feijão, proteínas e legumes no Estado, sendo 144 mil somente no ABC.
Para atender a quem precisa, os diretores das unidades do Sesi levantaram junto aos municípios atendidos, ONGs, igrejas, famílias, projetos sociais e/ou representantes de bairro que possuíam logísticas para ajudar na ação. “As pessoas que fazem o intermédio da ação acabam ajudando no esquema de distribuir os materiais e até repassar informações de locais onde há famílias em situação de vulnerabilidade”, explica.

A ideia da produção de refeições começou com o fechamento das unidades no início da pandemia, em meados de março. “Com o isolamento social tivemos que dar férias para alguns servidores, e diante disso, nosso presidente Paulo Skaf viu que poderíamos utilizar a estrutura das unidades com cozinha para realizar ação social para quem precisa, foi quando mobilizamos as nossas cozinheiras e começamos a produzir as marmitas”, conta.
A princípio eram preparadas cerca de seis mil refeições ao dia somente para o ABC, com início de preparo às 7h e finalização por volta das 14h. “Com o passar do tempo, conforme pegamos prática, reduzimos o tempo de preparo em três horas, o que ajudou na ampliação do serviço”, conta o diretor ao lembrar que atualmente a região recebe 8 mil marmitas e, a partir de segunda-feira, ampliará a produção em 1,5 mil refeições à serem entregues na Comunidade Heliópolis, em São Paulo.
Até o fim de junho, o diretor projeta também chegar a 100 mil entregas de cobertores no Estado, sendo 10 mil no ABC. “Recebemos doação da indústria paulista e do Fiesp, que estão totalmente engajados na causa. Mas também estamos abertos a receber doações de empresas e pessoas físicas, que estão dispostas a ajudar”, declara o diretor ao lembrar que a partir da próxima semana, as unidades do Sesi contarão com uma caixa nas portarias para receber as doações de cobertores.
Volta às aulas
Ainda não há uma previsão para a volta às aulas nas unidades do Sesi-SP, conforme informou Quaranta. Entretanto, segundo o diretor, o Sesi já conta com um planejamento de protocolos para quando o retorno acontecer. “Vamos seguir as orientações médicas e voltar somente quando estivermos autorizados. Enquanto isso, já preparamos protocolos para receber as crianças e, inclusive, estamos estudando readequações de alguns serviços, caso das academias, que deverão a princípio, funcionar ao ar livre”, destaca.
A intenção dos diretores, de acordo com Quaranta, é adaptar as aulas também ao formato híbrido, com suporte das redes sociais e internet. “Claro que iremos continuar com as aulas presenciais, mas agora com a internet de apoio. Neste período em que nos adaptamos, muitas habilidades foram agregadas e acabaram vindo para ficar, ainda que no pós-pandemia”, explica. Somente no ABC são em média cinco mil alunos inscritos na rede.
Quem possui qualquer tipo de dificuldade para executar os pagamentos das mensalidades nos períodos de pandemia, recebeu desconto de 10% para o período. “E, além disso, discutimos também alguns casos individuais de pais e responsáveis que nos procuram para tentar fechar um acordo que seja eficiente para ambos”, lembra. Quem se enquadra na situação e enfrenta dificuldades financeiras por conta do período, pode buscar a secretaria do Sesi ao qual o aluno está matriculado, via e-mail.