Escolher o ramo de atuação em meio a um mercado de trabalho competitivo é uma das tarefas mais difíceis de executar, conforme apontam os alunos prestes a se formar no ensino médio. Para isso, reunir determinadas características da profissão desejada e, principalmente, lapidar traços e gostos torna-se um grande trunfo na mão daqueles que ainda não sabem em qual área se especializar. Em entrevista ao RDtv, o professor Enzo Takara do Colégio Singular, dá dicas de como não errar nessa hora tão delicada.
Segundo o professor, a escolha deve ser feita com cautela, sem cobranças ou interferências familiares. “É uma decisão que o próprio estudante precisa pensar e ver se está de acordo com suas habilidades aplicadas no cotiado”, defende. Por exemplo, alguém com facilidade em lidar com matemática, química e física, sabe que pode trabalhar na área de engenharia.
As disciplinas com as quais o estudante teve afinidade ao longo do ensino médio, podem indicar as atividades que gostará de fazer no ramo de atuação, seja na área de humanas, exatas ou biológicas. “O ideal é que o aluno considere suas preferências e elimine aquilo em que não terá prazer em estudar ou trabalhar, isso faz uma enorme diferença no momento da escolha”, avalia.
Outra dica que ao ver do professor é essencial na hora de escolher o ramo de atuação, é conversar com profissionais que já atuam no meio para sanar dúvidas e entender melhor a carreira. “Para quem está muito perdido esse é o melhor caminho, conversar com vários profissionais que atuam na área de interesse sobre os ônus e bônus da profissão”, alerta. Para isso, o Singular convida porta-vozes e profissionais de diversas áreas, ao longo da quarentena, para contar via chamada de vídeo, como funcionam diversas profissões.
A psicóloga Rosana Alboredo também defende que os alunos devem combinar suas habilidades e preferências para que não haja frustrações. “Observar o mercado e analisar as profissões antes de escolher por algum outro motivo é a melhor opção, para assim diminuir os riscos de escolher errado”, orienta.
A opinião de familiares e amigos sobre a escolha para a profissão pode ajudar, no entanto, em outros quesitos, pode também atrapalhar. “Eles podem ajudar a refletir na escolha diante das qualidades que veem, mas o autoconhecimento é fundamental nesse processo. Ao mesmo tempo também podem atrapalhar, uma vez que muitos projetam realizar o sonho pessoal no filho”, explica. Testes vocacionais também são uma boa pedida.