
As associações comerciais de Santo André, São Bernardo e São Caetano demonstraram total indignação e relação à medida do Governo do Estado que determina a aplicação de multa no valor de R$ 5.025,02 por cliente flagrado no interior das lojas sem máscara para proteção. Diante disso, nos próximos dias um ofício deverá ser encaminhado ao Estado para pedir o fim da sansão da taxa.
Contra a aplicação de multas para comerciantes, a ACISA – Associação Comercial e Industrial de Santo André informa que diversos empresários já tiveram perdas significativas com o fechamento de seus estabelecimentos por mais de 100 dias. “Acreditamos que cabe aos consumidores o respeito às determinações governamentais sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras no combate à proliferação do vírus, não aos comerciantes”, defende Pedro Cia Junior, presidente da ACISA.
As medidas anunciadas pelo governador, em vigor desde 1 de julho, também determinam que o estabelecimento deverá fornecer máscaras para permitir a entrada dos clientes, além de uma sinalização indicando que o uso é obrigatório. O estabelecimento que não estiver com o cartaz terá de pagar multa de R$ 1.380,50, com fiscalização feita pela Vigilância Sanitária.
Em São Bernardo, o presidente da ACISBEC (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo), Valter Moura, defende que a medida é absurda. “Nem o comerciante e nem o consumidor tem dinheiro para pagar nesse momento de tanta dificuldade. A ação é intimidatória, mas não é isso que precisa agora, ao contrário, o governo deveria fazer maior campanha de conscientização com a população”, defende.
O presidente relata, ainda, que a multa é impagável e incobrável aos consumidores. “Quem vai cobrar e como? E, depois, daqui um ano a cobrança deve ser anistiada. Ao invés de perder tempo em lançar essa multa draconiana, o governo deveria se preocupar com coisas que podem ser feitas pelo nosso País”, completa.
Já em São Caetano, o vice-presidente da Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano), Alessandro Leone conta que assim como nas outras cidades, não compactua com o decreto da multa. “O empresário já tem muito a pagar, não pode se responsabilizar pelo que acontece com terceiros”, defende. Ainda essa semana, uma nota sobre o assunto deve ser divulgada nas redes sociais da Associação para orientar os empresários.