
Com a pandemia do novo coronavírus o setor de turismo enfrenta o maior prejuízo de sua história em decorrência das medidas de segurança que pedem para que as pessoas fiquem em casa, porém, no ABC começou um debate para o retorno gradual desta área. Em entrevista ao RDtv, nesta quarta-feira (15), especialistas alertam sobre as principais apostas da região na retomada, como o ecoturismo, mas em acordo com os protocolos de segurança.
Conhecida pelas trilhas em áreas de manancial como as existentes em Rio Grande da Serra e Paranapiacaba (distrito de Santo André), a região imagina qual será o cenário e os protocolos necessários para conseguir ter o retorno dos turistas tanto para a rede hoteleira quanto para algumas das atrações turísticas do ABC.
Para o coordenador do GT (Grupo de Trabalho) Turismo, do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Cristopher Araújo, o momento é de tentar convencer as pessoas de que o retorno para o turismo é seguro. “Precisamos atrair esse turista de maneira segura e pensar na experiência dele como hóspede, pois, o pessoal está vindo de uma quarentena, veem de um isolamento e não vai se hospedar só para ficar em um quarto de hotel”, explica Araújo.
Por isso, uma das ações que são debatidas é o retorno do ecoturismo, pois, neste tipo de visitas é possível manter algumas medidas de segurança epidemiológica como o distanciamento social e a utilização de máscaras, e mesmo assim manter a experiência de visitar os principais pontos da Mata Atlântica da região.
“Vamos ter que falar com parceiros principalmente para algumas áreas como o ecoturismo, esse contato com a natureza que precisamos ter. Acho que temos que pensar em todos os protocolos e maneiras para que as pessoas voltem a frequentar os hotéis”, completou a hoteleira, administradora e arquiteta Daniela Flores.
Para analisar se compensa ou não reabrir alguns hotéis da região, a especialista diz que devem ser levadas em conta as oportunidades que o empreendimento tem de inovar e oferecer experiências inovadoras aos clientes. “O hotel precisa primeiro olhar internamente e estudar o propósito do local, para então analisar se vale a pena reabrir agora, ou se o ideal é esperar mais um pouco”, acrescenta. Atividades ao ar livre através de agendamento, implantação de métodos de check-in que evitam contato direto, como por meio de aplicativos ou reconhecimento facial e oferta de café na cama tem sido alguns métodos utilizados pelos hoteleiros.
Na busca de uma avaliação sobre o setor o Consórcio Intermunicipal Grande ABC promoveu nesta quarta um seminário para começar a imaginar qual é a melhor maneira para o retorno, inclusive tentando utilizar os hotéis até mesmo como locais para um ambiente de trabalho, no chamado home office.
A ideia é tentar fomentar tudo isso e mostrar de que maneira a área de turismo está se planejando para receber as pessoas, mesmo em épocas de poucas atrações, sendo que algumas acabaram canceladas devido a pandemia e o processo para se evitar aglomerações, como o Festival do Chocolate, em Ribeirão Pires.
Como forma de promover uma discussão acerca do assunto, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC transmitiu nesta quarta-feira (15/7), às 19h, uma capacitação sobre os protocolos sanitários para hotéis e a retomada segura da rede hoteleira, vi Facebook (www.facebook.com/consorcioabc). Entre os temas discutidos, estão as questões como diagnóstico do hotel, desenho dos processos e procedimentos, preparo das pessoas, comunicação e marketing, assim como tendências para esse momento. (Colaborou Ingrid Santos)