
Sindicatos de professores e dos auxiliares por todo o País vão se reunir na próxima terça-feira (22/9), às 19h, para o protesto virtual denominado “Dia Nacional do Basta”. A ideia é chamar a atenção da sociedade dos problemas vividos entre as duas categorias e as unidades da Universidade Metodista. A ação foi idealizada pelo Sindicato dos Professores do ABC (Sinpro ABC).
“Essa foi uma ação do Sinpro ABC. Nós reunimos os sindicatos que tem Metodista em sua base pelo País. Estamos fazendo reuniões (virtuis) há quase dois meses, nos reunimos toda a semana. Vamos fazer esse Dia do Basta para chamar a atenção das pessoas e demonstrar os nossos problemas”, explicou a presidente da entidade da região, Edilene Arjoni Moda.
Um manifesto foi divulgado nas redes sociais das entidades nesta quarta-feira (16/9). No texto é reforçada a denúncia do não pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e de outros direitos em relação aos anos de 2019 e 2020. “Novas reclamações surgiram nas últimas semanas. Os educadores verificaram que pagamentos relativos aos parcelamentos e acordos nos últimos anos firmados estão sendo descumpridos”, explica o Sindicato.
As entidades contam com 10 itens em sua pauta de reivindicações: “A regularização do pagamento para todos, conforme a CLT e a isonomia; pagamento de férias e décimo terceiro no prazo correto como acordado na convenção coletiva e CLT; depósito do FGTS não realizado desde 2015; regularização do passivo de 2019 e 2020; a integralidade dos salários já, que a Instituição feche o ano pagando a dívida de seis folhas de pagamento, considerando férias e décimo terceiro de 2020”.
“Autonomia administrativa, financeira e pedagógica para cada Instituição da Rede Metodista de Educação; transparência acerca da situação econômica da UMESP e de todas as instituições da Rede Metodista para a comunidade escolar, sobretudo professores, e funcionários; permanência dos benefícios; correto cumprimento das decisões judiciais; e que a direção da Rede Metodista junto a Reitoria da UMESP recebam os representantes do Sinpro ABC para dialogarem sobre a pauta de reivindicação, principalmente os direitos trabalhistas referentes ao pagamento de férias e décimo terceiro”, completou.
Em agosto, o RD já retratava o princípio da organização deste protesto com as pautas colocadas. Procurada pela reportagem, a direção da Universidade Metodista que no último encontro no ambiente judicial foram entregues propostas de acordos para as dívidas do ano passado e deste ano. Negou corte de salários e reafirmou que não houve prejuízo nos cursos do campus São Bernardo.
Além disso relatou que a inadimplência em decorrência da pandemia do novo coronavírus também atrapalhou financeiramente a instituição, mas que havia um processo de renegociação dos valores devidos pelos alunos para que fosse permitida a rematrícula.