
A Polícia Civil aguarda o laudo necroscópico para dar andamento a investigação sobre a morte da policial militar Valquíria Teixeira Santos da Silva, de 46 anos, que faleceu na terça-feira (29/09) logo após a realização de uma cirurgia de lipoaspiração na clínica Luiz Anchieta, em Santo André. A polícia informa que, assim que o laudo estiver pronto, vai começar a ouvir as partes e as testemunhas do caso.
De acordo com o boletim de ocorrência ,Valquíria se internou na clínica para realização do procedimento estético, porém durante a intervenção teve falta de ar e precisou de atendimento de urgência, sendo levada para o Hospital Bartira, onde faleceu. O caso é investigado pelo 2° Distrito Policial de Santo André.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que já começaram as oitivas no inquérito policial que apura o ocorrido. “O caso é investigado pelo 2º DP de Santo André por meio de inquérito policial. A equipe da unidade realiza a oitiva das partes envolvidas na ocorrência e aguarda o resultado do exame necroscópico solicitado à vítima, de 46 anos, que está em fase de elaboração. Diligências prosseguem para elucidar os fatos”.
O advogado Marcelo Penna Torini, que representa a clínica Luiz Anchieta, disse que os testemunhos vão ser melhor aproveitados quando a polícia estiver de posse do laudo necroscópico que vai apontar a causa da morte e que esse laudo não tem prazo para ficar pronto. “Por enquanto, a única coisa que temos é que houve uma ocorrência com fatalidade. O que pode ter acontecido é uma tromboembolia, existe uma porcentagem disso acontecer, os pacientes são informados disso e assinam um termo. Quando isso acontece a evolução é rápida, às vezes é possível reverter, às vezes não. A clínica está preparada para um nível de atendimento, que não é uma UTI, por isso ela foi transferida para o Hospital Bartira”, explicou.
Torini disse também que a clínica Luiz Anchieta tem 26 anos de atividade e a unidade de Santo André 14, e que tem todos os alvarás necessários e autorização para funcionar e realizar procedimentos como lipoaspiração. “A Valquíria já era paciente da clínica, já fizera outros procedimentos lá, portanto já havia uma relação de confiança”, diz o advogado que considera o ocorrido uma fatalidade. “O que vai elucidar o caso é o laudo necroscópico que em geral é muito detalhado”, disse o advogado. Segundo o defensor os médicos ainda não foram ouvidos.
Valquíria era cabo da Polícia Militar e trabalhava na primeira companhia do 18° Batalhão da Capital, que fica na região da Freguesia do Ó.