
Os moradores da Vila Assunção, em Santo André, estão extremamente preocupados com o funcionamento irregular de uma fábrica de recuperação de plástico na avenida Dr. Erasmo. Sem alvará de funcionamento e AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), documento que certifica que a edificação possui condições de segurança contra incêndio, os vizinhos acusam que o local é responsável por emitir um cheiro desagradável, fumaça e fuligem para as casas do entorno, o que prejudica a saúde de quem mora no próximo ao local.
Uma das moradoras do bairro que pediu para não ser identificada conta que já se queixou do local pelo menos 20 vezes para a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), preocupada com a saúde de quem vive próximo da fábrica. “Não sabemos o motivo desse cheiro tão ruim que sai da fábrica, mas pode ser prejudicial para a nossa saúde, principalmente no período de pandemia ao qual temos que ficar em casa e inalar esse odor. Mas alguém precisa fazer alguma coisa, estamos cansados de reclamar”, conta.
De acordo com a reclamante, o mau cheiro, a fumaça que sai das chaminés e o barulho das máquinas provocam dores de cabeça constantes para quem vive no local. “É um cheio forte como se estivessem queimando plásticos, o que causa um mal-estar muito grande para quem vive perto da fábrica. Além do barulho constante das máquinas, que não permite com que as pessoas trabalhem. Essa situação precisa ser resolvida o quanto antes, seja pela Prefeitura ou por algum outro órgão”, enfatiza.
Em nota, a Cetesb, Agência Ambiental do ABC I, informa que recebeu reclamações da comunidade sobre a empresa e realizou inspeção técnica no local no dia 29 de outubro, quando foi constatada a emissão de substâncias odoríferas na atmosfera, perceptíveis fora dos limites da área da empresa, o que causou inconvenientes ao bem estar público. Segundo a Cetesb, a empresa deverá receber autuações previstas na legislação vigente.
Contatadas, a Prefeitura de Santo André e a empresa citada não se manifestaram sobre o caso.