Estão abertas as inscrições para o novo curso online de Educação Ambiental, oferecido pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). Com o tema “Compostagem, transformando lixo em vida”, a formação tem como objetivo mostrar a importância do reaproveitamento de resíduos úmidos na utilização de uma composteira doméstica.
A compostagem é um processo de transformação da matéria orgânica em adubo, que pode ser utilizado para repor os nutrientes das plantas. Restos de alimentos, frutas, verduras, folhas, cascas de ovos, tudo isso pode ser ‘alimento’ para uma composteira. Minhocas também são utilizadas para acelerar o processo da compostagem, mas não são fundamentais.
Em entrevista ao RDtv, o diretor do Departamento de Resíduos Sólidos, Edmilson Ferreira dos Santos, explica que somente em Santo André, a média de material produzido ao mês gira em torno de 21 toneladas, mas que com a ajuda da população, esse número pode diminuir significativamente. “Se a população se comprometer com a separação correta de materiais, esse número pode cair e muito”, diz.
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De acordo com o Santos, em alguns período do ano, o número de material coletado chegou a atingir 18 toneladas mês, por conta do engajamento da população com a separação dos materiais. “Quando a população se compromete com a separação do material seco dos úmidos, reflete em uma diferença enorme para nós. Até mesmo no fim do ano, data em que normalmente há um acúmulo de material um pouco maior por conta das festas de fim de ano”, explica.
Ao fazer uso de uma composteira doméstica, o morador contribui para a redução do volume de lixo encaminhado para o Aterro Sanitário, ampliando a sua vida útil, e ainda tem à disposição um fertilizante natural que pode ser usado em todas as plantas da residência. “Isso amplia a vida do aterro sanitário em vários anos, o que beneficia não só a vida do aterro para o município, mas para toda a região em que ele atende”, enfatiza.
De acordo com Santos, com os projetos esquematizados pelo Semasa, o Aterro Sanitário ganhou pelo menos mais seis anos de respiro, tempo que terá de ser suficiente para que sejam desenvolvidos novos projetos. “Ao longo desses seis anos teremos que desempenhar novos projetos para garantir mais tempo de vida útil e de infraestrutura local. Mas é com a ajuda da população que garantimos esse reforço”, diz.
Além da separação de lixo, quem se interessar em aprender como reaproveitar os alimentos, pode se inscrever no curso do Semasa de forma gratuita. A programação tem carga horária de três horas e dá direito a certificado de participação. As inscrições estão abertas até dia 17/11 e devem ser feitas pelo site www.semasa.sp.gov.br/minicursos. A formação se inicia no dia 19/11.