
A Eureka 2020, tradicional evento do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), realizado entre 6 e 8 de novembro, de forma on-line (eureka.maua.br), apresentou aproximadamente 200 projetos em prol da saúde e sustentabilidade, todos inspirados nas diretrizes dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) propostos pela ONU (Organização das Nações Unidas). Entre eles, os formandos do curso de engenharia química, Arthur Prata Parreira Haolla, Flávia Emy Shiraishi, Marcella Raymundo Alves e Stephanie Conolly Carolino, desenvolveram o xampu vegano em cápsulas solúvel.
A aluna recém-formada Flávia Emy Shiraishi fala sobre os ingredientes do produto. “A composição do xampu é segura e eficiente porque não há EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético), ou seja, um composto orgânico que age como agente quelante e pode gerar instabilidade na fórmula e aumento na formação de espuma”, explica.
O veganismo é atualmente uma tendência no mundo. Abrange não apenas os alimentos, mas também outras áreas, inclusive o universo dos cosméticos. Uma pesquisa de 2018 indicou que 55% dos brasileiros tendem a preferir produtos veganos, fato que ilustra a expansão desse mercado.
“Assim, surgiu a ideia de desenvolver um xampu vegano encapsulado com alginato, produto extraído de algas, formador de película biodegradável protetora do conteúdo. As cápsulas foram obtidas a partir de um material de origem marinha, biodegradável e atóxico ao meio ambiente e à saúde humana”, reforça Flávia.
O encapsulamento do produto é tecnicamente viável. Quanto maior o tamanho da cápsula, menor sua resistência. “Vale lembrar que um xampu vegano em cápsula também proporciona a redução do volume de embalagens descartadas no meio ambiente. Os testes em laboratórios foram eficazes, entretanto, para a produção em larga escala, é necessária a aprovação da Anvisa e investimentos”, disserta a profissional.