
Apesar do Estado retroceder para a fase vermelha, que autoriza a abertura apenas de serviços essenciais, no Natal e Ano Novo, a Favela da Torre, em Diadema, registrou aglomeração durante baile funk na madrugada do dia 24 para o dia 25. A situação tem sido recorrente, principalmente neste fim de ano, em outros pontos da cidade e da região e noticiada no RD.
Segundo morador do bairro, que preferiu não se identificar, cerca de mil pessoas estavam na festa clandestina, o que preocupou quem mora no entorno por conta da disseminação do novo coronavírus. “Sempre tem essas festas, mas as pessoas tem medo de denunciar e sofrerem na comunidade, porque viramos alvo com a reclamação, mas é totalmente irregular”, comenta.
Ainda segundo o morador, a cidade não conta com fiscalização adequada para que as leis sejam cumpridas e as aglomerações e festas clandestinas sejam evitadas. “Diadema está abandonada, e quem sofre é a população, mais de mil pessoas estavam nessa festa”, completa.
Procurada, a Prefeitura de Diadema sustenta que a GCM (Guarda Civil Municipal) tem recebido diversas informações sobre festas irregulares, sejam programadas com antecedência ou mesmo que já estejam em andamento, e busca atender ao maior número de ocorrências possível e dispersar essas aglomerações, restabelecendo a ordem pública. “No município, a fim de garantir a constância, foi construído um calendário em conjunto com a Polícia Militar, sendo um dia o atendimento dessas ocorrências de responsabilidade da GCM e outro da PM. Ressaltamos que é de extrema importância a parceria com a PM que possui maior efetivo, bem como da polícia investigativa, a Polícia Civil, monitorando a divulgação dessas festas e agindo no sentido de não permitir que elas ocorram”.
Ainda de acordo com a prefeitura, somente este mês foram feitas três operações na favela da Torre. “Só no mês de dezembro, a GCM atuou na dispersão de três festas não autorizadas no local conhecido popularmente como “Torre” localizado há cerca de 800 metros do 3° Distrito Policial de Diadema, colocando fim à aglomeração”, completa a nota. Procurada, a PM (Polícia Militar) não se manifestou até o fechamento desta matéria.
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