
Em duas sessões levantes realizadas nesta sexta-feira (29/01), a Câmara de Mauá aprovou em duas votações o projeto de lei sobre o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) com a emenda da bancada oposicionista que congela o valor. Governistas consideram que tal alteração será vetada pelo prefeito Marcelo Oliveira (PT), o que aponta para a possibilidade de atraso na emissão dos carnês, o que na visão da base de apoio, pode acarretar problemas financeiros para o município.
Originalmente a proposta visava um reajuste de 4,77% com base no índice do Fator Monetário Padrão (FMP). Porém a oposição denominada como G14 resolveu apresentar uma emenda que retira o reajuste e congela o imposto com os valores cobrados em 2020.
Tal fato chamou a atenção dos governistas que chegaram a pedir a suspensão dos trabalhos da sessão para debater o assunto. Na volta todos se mostraram contrários a modificação na proposta alegando que Marcelo Oliveira irá vetar essa emenda, o que forçaria o projeto a voltar para o Legislativo para que os vereadores aprovassem sua manutenção ou que derrubassem o mesmo.
“Isso pode atrasar a impressão dos carnês e até votar esse veto a cidade pode ficar sem dinheiro para investimentos como na Saúde. Quantas pessoas estão neste momento precisando de atendimento no Hospital (de Clínicas Dr. Radamés) Nardini?”, questionou Geovane Corrêa (PT) que ressaltou que o objetivo do projeto é não criar aumentos de 400% como prevê a atualização da planta genérica de 2017.
“Estamos apenas suprimindo o reajuste e tirando o peso das costas do povo com esse reajuste. É apenas isso que estamos fazendo. Precisamos disso para a cidade”, rebateu Admir Jacomussi (Patriota).
Apesar disso, o processo acabou com 13 votos favoráveis para o congelamento, seis contrários. Os vereadores Vanderley Cavalcante da Silva, o Neycar (SD) e Ricardo Manoel de Almeida, o Ricardinho da Enfermagem (PSB), não participaram dos trabalhos desta sessão.