
O jornalista Daniel Lima, baleado no rosto na segunda-feira (01/02) após uma discussão com o dono de uma clínica veterinária, no Centro de São Bernardo, está estável. A vítima está em Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Bernardo, mas respira sem ajuda de aparelhos. A bala que entrou abaixo do maxilar inferior passou pelo pescoço e se alojou no ombro.
A família de Lima divulgou uma nota informando que está estável, mas ainda em UTI, e que não há previsão para cirurgia para a retirada do projétil. “O médico especialista de cabeça-pescoço, que acompanha o caso, relatou que o ponto crucial de Daniel ter sobrevivido foi o fato do projétil ter batido na placa dentária e descido para a garganta. Não fosse a placa dentária, a bala teria seguido o curso de subir para a cabeça; o projétil lesionou a garganta de Daniel, o que o obriga neste momento a se alimentar por sonda, até sua cicatrização; houve lesão na coluna, porém sem dano neurológico ou que comprometa sua mobilidade”, diz a nota.
Não há previsão cirurgias por enquanto, nem de alta para Daniel Lima. “Agradecemos todo o apoio dos amigos e colegas da imprensa que tem nos ajudado a divulgar este terrível crime. Agradecemos todo o trabalho da polícia e da Justiça em busca do criminoso que continua foragido. Continuaremos buscando justiça para Daniel Lima”, encerra a nota da família.
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Depois do crime o acusado, o ex-GCM (Guarda Civil Municipal) de Indaiatuba, Ageu Rosas Galera, que também era dono da clínica veterinária, fugiu em uma motocicleta. Ele levou o disco de gravação com as imagens das câmeras do pet shop. O caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado pelo 1º Distrito Policial de São Bernardo. Em nota a Secretaria de Segurança Pública informou em nota que a autoridade policial representou pela prisão temporária do autor e o Poder Judiciário aceitou o pedido. “Diligências estão em andamento para localizá-lo e elucidar os fatos”, diz a secretaria.
Em nota a prefeitura de Indaiatuba informou que Galera foi desligado da corporação há quase dois anos. “O guarda responde a processo judicial e está afastado de suas funções desde 7 de maio de 2019. Até o momento a Guarda Civil de Indaiatuba não possui informações oficiais e se coloca à disposição da justiça para auxiliar no que for necessário”, informou a prefeitura da cidade do interior.