
Além da missão de controlar os índices criminais, como roubos, furtos e homicídios o novo comandante do 6° Batalhão da Polícia Militar, o tenente coronel Vlamir Luz Machado, destacou o combate à violência contra a mulher, durante entrevista ao RD. O batalhão, que responde pelo policiamento de São Bernardo e São Caetano, conta com o novo comando desde segunda-feira (01/02).
Com 50 anos de idade, sendo 29 deles vestindo a farda da Polícia Militar, Vlamir quer estimular a formação de lideranças, a disciplina e a formação da consciência do policial. “Baixar os índices criminais é inerente ao nosso trabalho, mas as ações não precisam ser apenas uma questão do comando, o policial precisa participar disso, é uma responsabilidade compartilhada, eu quero ser um facilitador disso”, diz o coronel que é formado em administração pelo Mackenzie e que tem mestrado e doutorado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pelo Centro de Altos Estudos da PM.
Durante sua carreira, praticamente toda ela na região do ABC, Vlamir já atuou no Comando de Força Patrulha no 24° Batalhão (Diadema), foi oficial chefe do Copom ABC (órgão que concentrava as chamadas para a PM), comandou a Força Tática do 30° Batalhão (Mauá), entre outras funções. Desde setembro de 2020 passou de major a tenente coronel e na nova patente comandou interinamente o batalhão de Diadema, função em que ficou até ser nomeado comandante do 6° batalhão.
Vlamir vai comandar um efetivo de aproximadamente mil policiais. “Se não é o maior, é um dos maiores batalhões da PM”, comenta. “O homicídio é o crime que mais preocupa sempre, nossa intenção é que ele não ocorra, mas vamos dedicar muito esforço a combater os roubos, que podem acabar virando latrocínios (roubo seguido de morte), o que é muito preocupante. Em janeiro houve uma queda, mas ainda precisamos dos números oficiais que não saíram ainda. A fórmula que vamos adotar é a integração entre todas as forças. Trabalhando interinamente no 24° Batalhão eu consegui uma integração muito boa com a prefeitura e a Guarda Civil de Diadema, fizemos várias operações Paz e Proteção em conjunto com resultados muito bons, quero trazer isso para cá também”, destaca.
Mulher
Membro do CRAM (Centro de Referência e Apoio à Mulher), Vlamir quer dar ênfase as ações de proteção à mulher. “Podemos agilizar o processo para defender a mulher. E quando a violência acontece ajudar a informar e mostrar os serviços de apoio. Esses crimes nos preocupam muito e se agravaram durante a pandemia”, disse o policial, que admite que praticamente todos os dias acontece algum caso de violência doméstica ou violência contra a mulher na região.