
A Fase Emergencial do Plano SP de combate à covid-19 termina neste domingo (11/04) com o Estado de volta à Fase Vermelha, um pouco menos restritiva para o comércio. Desde o dia 15 de março até 8 de abril, as prefeituras do ABC interditaram ou lacraram 71 estabelecimentos comerciais por descumprimento das normas de funcionamento. Ao todo foram lavradas 291 multas e autuações. No mesmo período 700 pontos foram orientados a fechar as portas.
A maioria dos estabelecimentos orientados a baixar as portas é de São Bernardo. Foram 683 estabelecimentos em que a fiscalização orientou sobre o fechamento. Do total, segundo a Prefeitura, nove foram lacrados e outros quatro foram autuados. Neste mesmo período, a GCM atendeu 227 ocorrências de aglomeração em vias públicas e dispersou sete pancadões, com dispersão de pelo menos 8,8 mil pessoas.
Em Santo André, foram autuados 11 estabelecimentos e interditados outros 14. O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informou que em março foram 1.081 locais vistoriados. “Foram adotadas as seguintes medidas: 436 orientações; assinados 24 termos de compromisso; lavradas 11 multas por descumprimento das regras de funcionamento durante a pandemia; além das 14 Interdições. Até 8 de abril, foram 35 locais vistoriados, sendo realizadas 10 orientações e entregues três termos de compromisso”, relata o Semasa, que dispõe de 120 agentes.
Diadema realizou, numa parceria com a Polícia Militar, as operações Paz e Proteção, com foco principal a inibição das festas de rua, conhecidas como bailes funk ou pancadões. Já foram realizadas entre março e início de abril 11 operações com ocupações simultâneas em áreas conhecidas pela realização das festas irregulares. Com isso, foram inibidos 36 pancadões no período. Além das festas de rua, cinco estabelecimentos comerciais foram lacrados e 14 orientados a fechar.

São Caetano multou cinco estabelecimentos e autuou 270 no período. Além disso, realizou bloqueios nas principais entradas da cidade durante o superferiado entre 27 de março e 4 de abril. Ruas também foram interditadas e no dia 31 de março, a Prefeitura fechou a pista de caminhada e a ciclovia da avenida Presidente Kennedy, além da Praça dos Imigrantes, para atividades físicas e recreativas.
Em Ribeirão Pires, a fiscalização teve que atuar para fechar duas casas de crédito e um sacolão, que desobedeceram o decreto municipal durante a Fase Emergencial. No primeiro fim de semana do superferiado, também interveio em um campeonato de pipas, com aglomeração e flagrante do uso de linha com cerol, além de jogos de futebol em campos distritais.
As prefeituras de Mauá e Rio Grande da Serra não forneceram informações.
Inibir as aglomerações
O coronel Marcos de Paula Barreto, que comandou a Polícia Militar no ABC durante o período da Fase Emergencial – e que esta semana deve deixar a região no comando do coronel Gilson Hélio Jesus dos Santos -, disse que as ações em parceria com as prefeituras têm dado resultado na inibição das aglomerações, combate às irregularidades, principalmente os pancadões. “Na Operação Paz e Proteção que a gente visa impedir pancadões se posicionando de maneira preventiva. Na região temos conseguido evitar muito bem os pancadões e as festas clandestinas, ao antecipar e se posicionar em locais onde que possam ocorrer”, disse.
De Paula também fez um apelo aos frequentadores de festas clandestinas. “Pensem nesse momento em ter mais solidariedade, mais resiliência. Nós precisamos estancar a transmissão, pensem no coletivo, nos parentes e nos filhos”, disse o oficial que destacou a parceria produtiva com as prefeituras, durante o período em que esteve na região. De Paula vai para o Comando de Policiamento da Capital.