O Governo do Estado busca agenda com os prefeitos da região para explicar o projeto do BRT (Bus Rapid Transit) que fará a ligação da Capital (Terminal Sacomã) ao ABC (passando por São Caetano, Santo André e terminando em São Bernardo. Ao RDtv nesta terça-feira (27/4) o secretário executivo do Consórcio Intermunicipal, Acácio Miranda, adiantou alguns detalhes sobre esse pedido.

Segundo Miranda, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, deu a ideia de reunir os sete chefes de Executivo com o vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), para que a proposta fosse explicada. A entidade regional resolveu estender o convite para os presidentes de cada Câmara que formam o GT (Grupo de Trabalho) Legislativo, assim dando voz para todas as situações.
Ainda não há uma data exata para o encontro, mas a reunião ocorrerá após a definição por parte da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) de que a Metra será a responsável por este novo modal, por 85 linhas intermunicipais e seguirá com o comando do Corredor ABD (trólebus) até 2046.
Proposta anunciada em 2019 – em conjunto com o pacote que incluí a reforma da linha 10-Turquesa, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), e a linha 20-Rosa, do Metrô, o BRT-ABC substituí o projeto do monotrilho da linha 18-Bronze que chegou a ter R$ 5 milhões de investimentos do Consórcio Via ABC, então responsável pela obra e pela exploração, mas que acabou vetado pelo governo Doria pelo alto custo.
Desde então aguarda-se pelo anúncio do projeto do novo modal, algo que aconteceria em 2020, mas que devido a pandemia do Covid-19 acabou ficando de lado.
Pandemia
Depois de entrar em colapso, o ABC conseguiu reduzir a ocupação dos leitos de UTI saindo dos 90% para 70%, algo celebrado pelo Consórcio ABC. “Muito deste índice que nós temos hoje nos permite avançar para novas fases, para fases menos graves do Plano São Paulo, isso decorre da capacidade dos sete prefeitos e da agilidade dos secretários de Saúde das sete prefeituras, uma vez que o ABC tem o número de leitos a cada 100 mil habitantes muito superior a métrica da Grande São Paulo e principalmente da métrica do Estado como um todo”, disse Miranda.
Segundo os dados da entidade regional, o ABC conta com mais de 50 leitos de UTI Covid-19 para cada 100 mil habitantes, enquanto o Estado conta com 30 leitos para cada 100 mil habitantes, assim aproximando a região dos dados mínimos para seguir para a fase laranja. A expectativa é que as próximas avaliações do cenário da pandemia em terras paulistas sejam realizadas regionalmente, mas no caso dos sete municípios segue a tendência de avaliação com o conjunto de toda a Região Metropolitana.
Veja trechos da entrevista: