
Em assembleia virtual, realizada nesta quarta-feira (26/05), os empregados horistas e mensalistas das áreas de manufaturas da General Motors de São Caetano aprovaram a proposta de suspensão do contrato de trabalho por dois meses entre junho e agosto. A parada foi negociada entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano por conta da falta de peças e da reestruturação da sua linha de montagem por conta do lançamento de um novo modelo que será fabricado na unidade.
Com a medida os contratos entram no Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda instituído pelo governo federal na Medida Provisória 1.045/2021. Pelo acordo negociado a empresa fará duas paradas técnicas; uma de 31/05 até 02/08, abrangendo 800 operários do período noturno, exceto funilaria e pintura; e outra com os demais funcionários entre 21/06 e 02/08. Durante a parada os trabalhadores vão receber ajuda compensatória mensal, prevista na MP equivalente a 70% do valor do seguro desemprego a que teriam direito de fossem dispensados.
O valor correspondente ao INSS será recolhido individualmente pelo empregado e, uma vez apresentado o recibo à empresa, ele terá garantido o reembolso do valor efetuado até R$ 220. O mesmo ocorreu em relação ao FGTS. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, exigiu que a GM assegurasse a cada trabalhador o valor correspondente aos 8% do FGTS, o que não está previsto na medida provisória. A GM resistiu, mas acabou aceitando o proposto pelo sindicato. “Buscamos negociar de maneira que, no âmbito de uma crise econômica e pandêmica, como a que estamos enfrentando, os empregos fossem mantidos assim como os direitos. Entendo que nesse sentido o sindicato cumpriu mais uma vez o seu papel de evitar prejuízos aos trabalhadores”, avaliou o sindicalista.