A celebração do Corpus Christi deste ano, no dia 3 de junho, será realizada em formato híbrido, entre online e presencial, nas 106 paróquias da região e 257 comunidades, que foram orientadas pela Diocese de Santo André a adotar as medidas cabíveis a cada local podendo celebrar missas presenciais, mas novamente sem os tradicionais tapetes, transformados neste ano na ação Tapete Solidário.

Promovido pela Diocese, por meio do Vicariato Episcopal para a Caridade Social, a iniciativa sugere doação de alimentos não perecíveis, roupas, cobertores e fraldas infantis ou geriátricas para as famílias carentes da região, que são atendidas pelas igrejas, de acordo com o padre Tiago Sibula, também coordenador do Depto. de Comunicação da Diocese de Santo André e assessor da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que falou em entrevista ao RDtv sobre a ação.
Segundo o padre, a campanha acontece de forma emergencial e em todo o Brasil, devido aos mais de 14 milhões de desempregados, que passaram a precisar de mais ajuda por conta da pandemia. “Temos a bonita tradição dos Portugueses do Tapete de Corpus Christi, mas ao invés do tapete todo ornamentado, neste ano será o tapete solidário, coordenada pelo pelo padre Ryan. Além disso as paróquias que arrecadarem quantidade significativa ou superior, enviará donativos a outras paróquias para ajudar as famílias carentes”, explica.
Todas as igrejas e comunidades católicas da região vão participar da ação e podem receber as doações tanto antes como durante a missa, que será exibida aos fiéis no final do dia para mostrar a quantidade das arrecadações. “Basicamente é assim que acontece. Não existe um critério rígido, é importante que todas possam realizar essa campanha, pois enquanto houver injustiça, descriminação e pobreza, a nossa missão não estará concluída”, diz.
Quermesses na região

Uma das formas das igrejas se manterem, além dos dízimos e doações, são com as quermesses, que segundo Sibula, este ano ganharam nova forma, mais criativa, com intuito de não deixar de comemorar a tradição nordestina no ABC e manter a comunidade conectada.
Seja em formato drive-thru ou delivery, o padre comenta que as paróquias devem decidir qual o formato mais adequado para a comunidade e que além do dinheiro, a festa tem objetivo maior. “As quermesses servem para que a nossa igreja seja uma casa de acolhida, uma escola de comunhão e um encontro de amizade e confraternização das pessoas”, diz.
As paróquias se adaptaram, ainda, às novas tecnologias. “Algumas conseguiram se manter, enquanto outras necessitam se manter através das quermesses, para dar conta dos custos mensais da igreja, como para a ampliação ou manutenção dos ambientes”, completa.