
O bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, destacou durante missa ocorrida na tarde desta quinta (03/06), que os gestos concretos de caridade dos fiéis que participaram da iniciativa do Tapete Solidário estão em sintonia com o sentido real da Eucaristia, na prática de ações por um mundo mais justo e fraterno. A celebração, que aconteceu na Catedral Nossa Senhora do Carmo, contou com a presença de fiéis.
Dom Pedro ressalta que esse é o sentido da partilha que buscam sinalizar com o Tapete Solidário. “No sentido de mostrar que a Eucaristia é fonte de vida espiritual e solidária. Não podemos ficar apenas como fonte de vida espiritual, mas uma vida espiritual que é solidária, voltada aos irmãos para o serviço”, enfatiza.
O bispo agradeceu ao dom da Eucaristia no amor e no serviço, e a todas as pessoas que doaram alimentos, roupas, agasalhos, cobertores e fraldas para a ação ocorrida nas paróquias do ABC e organizada pelo Vicariato Episcopal para a Caridade Social, que ajudará centenas de famílias carentes e pessoas em situação de rua nas sete cidades da região. “Neste momento, no Brasil, estamos numa situação de grande divisão, de muitas dificuldades. Não só por causa da pandemia, mas também por causa de toda condução, o modo de organizar a sociedade montada no dinheiro, e não no bem-estar das pessoas”, reflete.
O bispo diocesano prossegue a linha de raciocínio baseada na atual realidade brasileira. “Quando se fala, o PIB (Produto Interno Bruto) está melhorando. Para quem? Se o desemprego está aí, 14,8 milhões de desempregados (dados referentes ao primeiro trimestre de 2021, divulgados pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a fome voltando. Então é preciso mais do que nunca a Eucaristia, esse sacramento do amor, que sabe criar um mundo novo, onde a lei maior é o amor e a justiça , e não a lei do dinheiro, da competição e da ganância”, pondera.
Com as participações do vigário episcopal para a Pastoral e pároco da Catedral, Pe. Joel Nery; do vigário da Catedral, Pe. Flávio José dos Santos; e do secretário episcopal, Pe. Camilo Gonçalves de Lima, a missa seguiu medidas sanitárias em razão da pandemia como capacidade de até 25% da ocupação do templo, uso de máscaras e álcool em gel, distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas e igreja com portas e janelas abertas.