
Moradores da Vila Scarpelli, em Santo André, estão incomodados com a frequente realização de festas clandestinas em terreno da rua Santa Gema. De acordo com relatos, um grupo de moradores da região invadiu o local para promover festas que se iniciam à noite e que vão até a madrugada. Além disso, os eventos ainda ocorrem de maneira irregular, com água e energia clandestinas.
Uma munícipe, que pediu para não ser identificada, conta que os eventos ocorrem em finais de semana e feriados, desde o início da pandemia. Segundo ela, o terreno invadido também foi alvo da retirada de árvores que haviam no espaço. “Está de um jeito que, o que é feito por eles, fica escondido. Deixaram bananeiras então fica tudo camuflado”, explica.
Além do barulho ocasionado pelas festas, um bar foi aberto em uma casa próxima, localizada na rua São Geraldo, de modo que o movimento é revezado entre o estabelecimento, que costuma funcionar pela tarde, e o terreno, onde festas são promovidas até a madrugada. “Ninguém ouve a TV, dorme ou consegue estudar, é um tormento no final de semana”, detalha. A moradora ainda denuncia supostas irregularidades praticadas pelos responsáveis. Ela explica que a água e energia, que abastecem o terreno, são clandestinas e os munícipes criam aves ilegais no local.
Os frequentadores moram em um prédio próximo, de onde é possível observar o movimento do terreno. A reclamante relata que a Polícia Militar é chamada com frequência e costuma comparecer ao local, entretanto, há sempre uma demora em atender à solicitação, de forma que o movimento ocorre por um longo período até a chegada dos fiscais.
A Prefeitura de Santo André explica que, por se tratar de uma residência, não tem autonomia para atuar no local e orienta os denunciantes a registrarem Boletim de Ocorrência para que a Polícia Civil e a Polícia Militar possam tomar as medidas necessárias para sanar o problema. No entanto, a moradora explica que a maior parte dos moradores é composta por idosos e pessoas que tem medo de sofrer represálias, o que lhes impede de registrar a ocorrência.
Questionada pela redação do RD a respeito da situação, a Polícia Militar não retornou até o fechamento desta reportagem. (Colaborou Gustavo Lima)