A nova preocupação do momento em São Bernardo é o alcance da vacinação contra o Covid-19 entre gestantes, puérperas e lactantes. Em entrevista ao RDtv nesta terça-feira (29/6), o secretário de Saúde Geraldo Reple Sobrinho relatou que apenas 17% das grávidas no município procuraram os postos de vacinação para a imunização. Outro ponto que preocupa o médico é a pessoa que agenda a segunda dose e não comparece.

O percentual no grupo de grávidas é parecido com que ocorre entre puérperas e lactantes. Atualmente as regras sanitárias apenas impedem a vacinação deste grupo com a vacina Astrazeneca/Oxford, ou seja, essas mulheres podem tomar a Coronavac ou a Pfizer para se imunizar contra o Covid-19.
“Para se ter uma ideia, no Brasil foram 11.390 casos de grávidas que foram infectadas pela Covid no ano passado, dessas 8,3% faleceram. Até a metade de junho foram 5.043 casos, com mortalidade em 11,2%. Essas mulheres acabam tendo mais chances de contrair a forma grave da doença do que outros grupos, por isso que temos essa necessidade de vacinação”, explicou Reple.
O secretário relatou que toda a rede de saúde de São Bernardo está pronta para tirar dúvidas para este grupo, mas que gestantes, puérperas e lactantes podem consultar seus médicos para conseguir uma explicação ainda mais detalhada.
Não foram
Durante a entrevista, Geraldo Reple Sobrinho também relatou outro problema, as pessoas que agendam a segunda dose e não estão comparecendo. Só nesta terça foram 220 pessoas que marcaram a imunização e não apareceram.
“O problema não é só que essas pessoas não estão comparecendo, além disso estão tirando pessoas da fila de vacinação. São 2.834 pessoas que morreram, são 220 pessoas dentro desse grupo que poderiam ser vacinadas”, alertou.
Sobre a segunda dose, a cidade ainda segue com um pouco mais de 15% da população com o ciclo completo de imunização. O secretário considera que como muitas pessoas tomaram doses de vacinas com diferença de 90 dias para a segunda dose, a tendência é que a partir de julho haja uma alta nestes dados.
Aliás, Geraldo já considera que a vacinação começou a demonstrar sua eficácia ao reduzir o número de pessoas internadas. No último boletim divulgado pelo município, 109 pessoas estavam em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), a maioria com idade entre 30 e 49 anos, grupo que ainda não está com sua imunização completa.