
Causou polêmica entre pais e comerciantes de São Caetano a iniciativa da Prefeitura em não realizar o pagamento do auxílio uniforme para o segundo semestre. Questionada pela reportagem nesta terça-feira (17/8), a municipalidade afirmou que um dos pontos para a decisão foi que um quinto dos alunos que recebeu o benefício não comprovou a aquisição do uniforme.
“Segundo a Seeduc (Secretaria de Educação), decidiu-se não fazer o depósito do auxílio neste ano – uma vez que muitos alunos deverão continuar em aulas remotas e cerca de 1/5 dos alunos que recebeu o auxílio no ano passado ainda não comprovou a aquisição do uniforme – mas o benefício deverá ser concedido aos alunos logo no início do ano letivo de 2022”, afirma em nota. O investimento em 2022 será de R$ 5,5 milhões.
Tais detalhes revelados ao RD não foram relatados na semana passada quando houve o anúncio. No dia 14 de agosto, a Prefeitura alegou que o não pagamento do benefício atende “ao princípio constitucional da economicidade, que norteia a administração pública. Assim, os alunos que optarem pelo retorno às aulas presenciais poderão comparecer às escolas sem o uniforme até o fim do corrente ano letivo”.
Em São Caetano, há alguns anos, tem como iniciativa a transferência de valores para que os pais comprem uniformes diretamente com os comerciantes da cidade, assim evitando problemas com entrega de kits como ocorria quando a compra era realizada a partir de um processo licitatório. Além da facilidade na compra, outro ponto para o benefício é conseguir melhorar a economia local.
Sem o benefício, os comerciantes não vão ver esse dinheiro circulando na economia de São Caetano. Sobre o assunto, a Prefeitura afirmou que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo, Tecnologia e Inovação) está finalizando um programa de microcréditos para empreendedores MEIs (Micro Empreendedor Individual), micro e pequenas empresas da cidade, o que foi aprovado no PPA (Plano Plurianual).