Kavak, uma startup de compra e venda de carros usados chegou ao Brasil nos últimos meses após sucesso no México, local em alcançou um valor de mercado na casa dos 4 bilhões de dólares. Das sete lojas existentes no Brasil, uma está localizada em São Bernardo. Ao RDtv desta quinta-feira (2/9), o cofundador e CEO da empresa, Roger Laughlin, explicou um pouco mais sobre a empresa e a visão que ela tem do mercado nacional.

“A forma em que enxergamos, avaliamos ou olhamos para uma oportunidade é uma combinação de duas coisas: o tamanho do mercado e o tamanho do problema que vamos solucionar. Essa combinação, quando você olha para o mercado brasileiro, é uma combinação perfeita. É o terceiro maior mercado mundial, só atrás dos Estados Unidos e China, um mercado de mais de 10 milhões de carros usados ao ano e é um problema muito grande que tem que ser resolvido”, explicou.
A aposta na venda de carros usados pode ser corroborada com a pesquisa realizada pela Anfaea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em parceria com a Webmotors, no ano passado. 95% dos clientes que responderam o estudo afirmavam que comprariam um carro em 2021. Dos 25% que não contam com um veículo próprio, 88% pensam em buscar um veículo usado como opção, principalmente com a opção de financiamento.
É nesse cenário em que a Kavak quer apostar no Brasil, inclusive com a venda a partir da internet, pelo site ou pelo seu aplicativo. Todos os carros são revisados e ganham dois anos de garantia tanto levando em conta suas peças quanto em relação a sua documentação. Além disso, o cliente tem sete dias ou 300km rodados para devolver o veículo caso não tenha gostado.
“A experiência de comprar ou vender carros nos últimos 50, 60 anos não tem mudado muito, continua sendo uma experiência difícil, uma experiência com problemas, tem uma assimetria de informações, tem custos ocultos, vícios ocultos, então para nós coube com a nossa busca de solução para o problema aliado ao grande mercado brasileiro”, afirmou.
Atualmente são sete lojas, todas na Grande São Paulo, sendo uma em São Bernardo. A ideia é quase triplicar este número até o final do ano, chegando a 20 pontos.