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A alta demanda por atendimento de pessoas trans fez Diadema abrir o 1º Ambulatório Dia/Trans da região, voltado para acolhimento, hormonização e orientações sobre direitos à população. Inaugurado oficialmente nesta quarta-feira, mas em funcionamento desde o começo de setembro, o ambulatório já atende mais de 60 pacientes. Em razão da alta procura – a agenda está cheia até novembro – a Secretaria de Saúde já conversa com representantes de outras seis cidades para viabilizar um ambulatório regional.
Inicialmente, o serviço vai funcionar com profissionais da área social, de psicologia, enfermagem e médico responsável, por atendimento em livre demanda, de segunda a sexta-feira, no 2º andar do Quarteirão da Saúde (av. Antonio Piranga, 700). “A população trans sofre muita violência, inclusive mental, e vamos trabalhar tudo isso, além da hormonização e processo de mudança corporal”, comenta Vanessa Ribeiro Romão, enfermeira e coordenadora do Ambulatório.
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A porta de entrada de pessoas interessadas no serviço será via unidades básicas de saúde (UBSs) da cidade. Jovens de 16 a 18 anos podem acessar o ambulatório mas acompanhados de um maior de idade. “A nova gestão abraçou a ideia e tiramos o ambulatório do papel, também conseguimos articulações e parceria com a rede Santa Cruz, em Sao Paulo”, salienta.
Com trabalhos na causa e representatividade da comunidade LGBT regional, o fundador e presidente da ONG ABCD’s, Marcelo Gil, destacou a iniciativa como avanço para políticas públicas. “Diadema está dando um exemplo incrível, é um direito da população LGBT como política pública”, diz. “É um acesso à saúde, quebra de paradigmas e direito humano que deveria ser feito por todos os municípios”, salienta Gil, em entrevista ao canal RDtv.
Disponível apenas para moradores de Diadema, o ambulatório recém inaugurado foi criado em conversas com a população trans da cidade, que apontaram as principais dificuldades de acesso a serviços de saúde e o que seria necessário dentro da unidade – criada para ser um ambiente sem discriminações/julgamentos, de apoio e acolhimento a comunidade.
Estrutura
O ambulatório disponibiliza atendimento de saúde a travestis e transexuais (masculino e feminino), acolhimento médico e acolhimento em enfermagem, psicologia, psiquiatria e serviço social. A equipe é formada por uma vinculadora, enfermeira, psicóloga, médico infectologista e assistente social.
O projeto de criar um ambulatório regional, segundo Vanessa, ainda não foi apresentado em papel os representantes do ABC, mas o assunto é debatido para que o ABC se torne referência no tema. “É só uma conversa por enquanto, mas que envolve muitos trâmites. Estamos em processo de fazer o projeto, e nessas conversas regionais vamos decidir. Existem alguns ambulatórios que fazem a especialidade, mas são todos em São Paulo”, completa.
Moradores de Diadema que tiverem interesse em acessar o Ambulatório Dia/Trans podem procurar UBS para encaminhamento, comparecer ao local ou enviar e-mail para: diatrans@diadema.sp.gov.com.
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