Nesta segunda-feira (18/10), o retorno às aulas presenciais se tornou obrigatório no Estado. A medida passou a valer para a rede estadual, particular e municipal. No entanto, a Prefeitura de São Caetano optou por não decretar a retomada obrigatória para o ensino municipal. Em entrevista ao RDtv desta terça-feira (19), o secretário de Educação, Fabrício Coutinho, comentou sobre a decisão na cidade.
Quando o governo anunciou a retomada obrigatória na última semana, os municípios tiveram autonomia para decidir se suas escolas adotariam a medida. De acordo com Fabrício, São Caetano já possuía uma “adesão muito expressiva” ao retorno das aulas presenciais. “Estamos com uma média de 82% dos alunos da rede municipal que voltaram ao trabalho presencial, desde a educação infantil até o terceiro ano do Ensino Médio”, salienta.
Com o alto índice de adesão espontânea, somado ao ensino remoto, que tem funcionado de maneira “assertiva” nas palavras do secretário, a cidade decidiu que a melhor alternativa, para as escolas municipais, seria manter o retorno opcional até o final de 2021. “Neste momento, obrigar o aluno a voltar presencialmente, muitas vezes não terá a adesão dos pais que, mesmo obrigatoriamente, não encaminhará o seu filho para a escola”, diz.
Coutinho reforça que, desde o mês de agosto, todos os profissionais da Educação de São Caetano completaram o ciclo de imunização com as duas doses da vacina contra a covid-19. Fabrício afirma que, do ensino fundamental ao ensino médio, a participação e aprendizado dos estudantes se tornou maior, mas enfatiza que o resultado obtido com as crianças mais novas foi diferente. “Principalmente na alfabetização, nós percebemos um grande buraco que a pandemia demonstrou na educação”, enfatiza.
EMEI Luiz José Giorgetti

Em 2014, diversas rachaduras foram formadas na estrutura da escola após a construção de um prédio atrás da mesma. Os problemas ocasionados ao espaço levaram à interdição do local. A Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) precisou ser transferida para outro endereço mas, mesmo após intervenções, as rachaduras permaneceram.
“Foi preciso demolir e praticamente construir uma nova escola”, relata Fabrício. A entrega da nova EMEI, localizada no bairro Fundação, aconteceu nesta segunda-feira. Com dois pavimentos e seis salas de aula, a escola atenderá um total de 140 crianças, que vão desde os quatro meses até os cinco anos de idade.