
Com a pandemia do coronavírus, várias regiões do País enfrentam agora surtos de gripe. No ABC, serviços de saúde já contabilizam a evolução pela procura de atendimento por síndrome gripal. Para se proteger contra a doença, os cuidados se assemelham aos protocolos da covid-19.
Infectologista do Hospital e Maternidade Brasil, da Rede D’Or, Ruan Fernandes, reforça que o momento exige a continuidade do uso de máscara de proteção, higienização das mãos, uso de álcool em gel, e não tocar em áreas de mucosas como boca e olhos. “Manter o distanciamento também é importante, pois as gotículas de saliva que saem do corpo, ao falar e respirar, atingem distâncias de pelo menos 1,5 m, portanto é importante reforçar os cuidados”, explica.
Os sintomas de gripe também são similares aos da covid-19, como febre alta, nariz congestionado, tosse, inflamação na garganta e fortes dores de cabeça, mesmo assim Fernandes afirma que não é motivo de desespero, mas sim de atenção aos protocolos.
O médico ainda explica que este surto de gripe entrou no cenário em um momento não esperado. “Aguardamos as síndromes gripais sempre em épocas mais frias do ano. Ainda não sabemos o porque dessa mudança de sazonalidade”, conta. Por isso, nesse momento de sobreposição de duas doenças respiratórias, o uso de máscaras de proteção e demais medidas de higiene seguem essenciais para evitar o contágio por qualquer uma das enfermidades.
Para a moradora de Santo André, Flávia Sandreschi, 35 anos, todas as medidas de higiene seguem firmes em casa, assim como é feito por muita gente. A bióloga tem dois filhos, de 2 e 4 anos, que ainda aguardam a vacinação contra covid-19. “As crianças já estão acostumadas a usar máscara, por exemplo, já faz parte da rotina delas. Não vamos afrouxar os cuidados, ainda mais nesse momento em que a gripe chega no País. E sobre o coronavírus, eu estou protegida, mas meus filhos não, por isso continuamos com todas as medidas”, explica.
Em dezembro, durante assembleia do Consórcio Intermunicipal ABC, as cidades da região decidiram por manter a obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os ambientes. A medida será reavaliada em janeiro de 2022, na primeira reunião entre os prefeitos.