
Pelo menos 384 profissionais de saúde pública que atuam na região estão afastados com gripe ou com covid-19. Os números foram informados por cinco municípios a pedido do RD. O número de afastamentos pode ser bem maior considerando que as cidades de Santo André e Mauá não responderam ao pedido de informações. Enquanto o número de profissionais em serviço diminui as internações por covid-19 aumentaram entre 150% e 360% entre dezembro e janeiro. Horas extras e contratações emergenciais são algumas das soluções encontradas pelas prefeituras.
Proporcionalmente Ribeirão Pires é a cidade que tem o maior número de afastamentos de pessoal da saúde que inclui enfermeiros e médicos. A cidade tem 33 profissionais afastados do trabalho sendo 24 deles com gripe e nove com covid-19. O número representa 4,69% do total de profissionais. Em nota, a prefeitura explicou que os profissionais que não estão doentes têm que fazer hora extra para cobrir os faltantes. “A Secretaria de Saúde de Ribeirão Pires solicitou que alguns funcionários fizessem hora extra para que não ocorressem prejuízos à população e está trabalhando também na contratação de novos profissionais”. Nos primeiros onze dias de dezembro de 2021 foram feitas duas internações por covid-19, e de 1° a 11 deste mês já foram internadas cinco pessoas, duas delas em UTI, vítimas da doença; alta de 150%.
Em Diadema, até o dia 7 de janeiro estavam afastados do serviço 105 profissionais de saúde o que corresponde a 4,27% dos 2.456 servidores da saúde. “Para segurança dos funcionários e dos próprios munícipes, Diadema adota rigoroso protocolo, tendo determinado que qualquer profissional seja imediatamente afastado em caso de suspeita de síndrome gripal, infecção pelo novo coronavírus e outras doenças transmissíveis”, informou a administração diademense em nota. A prefeitura informa ainda que está contratando para cobrir os claros nas escalas de trabalho. “É importante esclarecer que nenhuma unidade de saúde teve o funcionamento alterado por conta dos afastamentos e a Secretaria Municipal da Saúde está atenta à situação epidemiológica e promovendo contratações emergenciais para garantir que a população não deixe de ser atendida nos serviços de saúde”, diz a prefeitura. Entre dezembro e janeiro a cidade teve um aumento de 300% nas internações. “Em dezembro nos onze primeiros dias quatro residentes com covid-19 foram hospitalizados e 12 nos onze primeiros dias de janeiro”, detalha a prefeitura.
Em São Caetano 3,5% dos profissionais de saúde estão afastados. São 120 profissionais que não estão atendendo a população. O boletim epidemiológico diário da prefeitura mostra que em 11 de dezembro haviam 10 pessoas internadas na cidade em tratamento contra a covid-19, um mês depois o número de internados era 46, alta de 360%.
Em São Bernardo 112 funcionários entre médicos e enfermeiros estão afastados do trabalho, 77 deles estão com covid-19 e o restante com gripe. O total corresponde a 1% de todo o contingente da saúde municipal e a prefeitura garante que isso não compromete o atendimento. Atualmente, 40 leitos de enfermaria e 13 de UTI estão ocupados, totalizando 53 internações; no dia 13 de dezembro, 9 leitos de enfermaria e 4 leitos de UTI estavam ocupados. Uma alta de 307% em menos de um mês.