Como é tradicional em toda a quaresma, a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) promove a Campanha da Fraternidade. Em 2022 o tema será “Fraternidade e Educação”. Ao RDtv o vigário geral da Diocese de Santo André, padre Joel Nery, explicou nesta sexta-feira (4/2) os detalhes sobre o processo que começará no dia 2 de março.

Com o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor”, a Igreja Católica quer debater e aprofundar o tema da Educação, e para isso terá como norte o Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco. O objetivo geral é “prover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário”.
“Esse é um dos propósitos da Campanha da Fraternidade, é o olhar eclesial, mas é o olhar social e aí o olhar social nos faz olhar também para o Poder Público, que tem grande responsabilidade social de fazer com que a Educação, por exemplo, que a educação integral da pessoa humana que é dever do Estado e direito do cidadão seja feito de boa forma”, explicou.
No total são sete objetivos específicos colocados na campanha: Analisar o contexto da educação na cultura atual, e seus desafios potencializados pena pandemia; Verificar o impacto das políticas públicas na educação; Identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição Cristã em vista de uma educação humanizadora na perspectiva do Reino de Deus; Pensar o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo, com a colaboração dos educadores e das instituições de ensino.
Incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum; Estimular a organização do serviço pastoral junto as escolas, universidades, centros comunitários e outros espaços educativos, em especial das instituições católicas de ensino; e Promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres.
Crise e Covid
Os problemas sociais agravados pela pandemia do Covid-19 também terão espaço de debate e busca de um caminho de solidariedade para ajudar os mais necessitados. A ideia é não apenas ajudar com o processo de donativos, mas também incentivar a vacinação das pessoas. “Quem ainda não se vacinou não deveria pensar em si, mas nos outros e ir se vacinar. Essa é a posição da Igreja”, afirmou.