CEI de Diadema ouve diretor da Enel que terá de voltar para mais esclarecimentos

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O diretor de Relações Institucionais da Enel, Marcos Augusto Mesquita Coelho, não conseguiu responder nem 30% dos questionamentos feitos pelos integrantes da CEI (Comissão Especial de Inquérito) que investiga a prestação de serviços da concessionária de energia na cidade.

Segundo o presidente da comissão, vereador Eduardo Minas (Pros), foram tantos questionamentos que apenas uma parcela foi respondida durante as mais de duas horas de depoimento. Por conta disso, nova oitiva foi marcada para o dia 24 deste mês.

“Foram muitos questionamentos, por conta disso não conseguimos concluir então vamos seguir com a oitiva no dia 24. Isso aconteceu porque a CEI ouviu grande parte da sociedade civil, além dos moradores ouvimos a ACE (Associação Comercial e Empresarial), a Câmara de Dirigentes Lojistas e representantes dos condomínios. Queremos que a empresa respeite os direitos previstos no Código de Defesa do Consumidor, que melhore seu atendimento que tenha um olhar para o social e também para o desenvolvimento econômico da cidade”, disse o presidente da comissão.

Segundo Minas, os questionamentos foram os mais diversos, desde cobrança abusiva, passando pela questão das podas de árvores e ainda nem chegamos na parte do atendimento ao consumidor que é o que tem mais reclamações. “Não chegamos a passar para ele nem 30% do total de queixas que temos, mas da nossa parte não temos pressa, enquanto não tivermos o convencimento de que tudo foi apresentado e respondido nós vamos continuar”, diz.

O presidente da CEI conta, ainda, que até o momento a conclusão é que a rede de Diadema é muito antiga, tem pouca manutenção principalmente na rede primária. “Isso gera os curtos e as quedas de energia. Também não ficou clara a consonância entre o poder público municipal e a Enel, até onde vão as obrigações de cada um com a manutenção. Felizmente, a Câmara aprovou essa comissão, que vai apurar tudo isso”, diz Minas. Além do presidente, participaram da oitiva os parlamentares membros da comissão: Cabo Ângelo (PV), que é relator, além de Cícero Antonio da Silva, o Cicinho (PSB); José Aparecido da Silva, o Neno (PT), e Lucas Almeida (União Brasil). Além dos membros a reunião da CEI também contou com a presença dos vereadores Edval da Farmácia (PSDB), Zé Antônio (PT), Márcio Junior (Podemos) e Juninho do Chicão (PROS). “Todos os vereadores estão envolvidos e muito interessados em participar e é por isso que o trabalho está indo muito bem”, afirma Eduardo Minas.

A Câmara de Diadema instalou a CEI, que é equivalente a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), denominação dada em outras cidades, em outubro do ano passado, já fez várias oitivas e criou até um canal para o recebimento de denúncias. Das cinco câmaras municipais do ABC que instalaram procedimentos de investigação sobre os serviços da Enel, Santo André é a que já encerrou os trabalhos e concluiu que a concessionária teria uma conduta abusiva, principalmente em relação às cobranças. A Enel também é líder em reclamações no Procon. Além das duas cidades, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires também instalaram CPIs contra a empresa.