A Câmara de São Paulo deu início na última quinta-feira (12/5) aos trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Poluição Petroquímica, que visa investigar as consequências dos agentes poluentes oriundos do Polo Petroquímico do ABC em moradores da Capital. Ao RDtv desta sexta-feira (13/5) o vereador paulistano e presidente da comissão, Alessandro Guedes (PT), apresentou as primeiras medidas e a busca por ter uma solução para as reclamações, mas sem acabar com o Polo e os seus investimentos.

A comissão aprovou em sua primeira sessão 25 requerimentos. Alguns foram perguntas encaminhadas para as secretarias de Saúde e Meio Ambiente, da Capital, para a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e também para indicar os convites para as primeiras oitivas.
Entre os chamados estão a endocrinologista Maria Ângela Zuccarelli Marinho, da Faculdade de Medicina do ABC, que estou o aumento da incidência de tireoidite de Hashimoto em moradores que estão próximos ao Polo Petroquímico. E também o ex-deputado e ex-secretário municipal de Meio Ambiente, Fábio Feldmann, que conta com um histórico na área ambiental, principalmente na cidade de Cubatão.
“Existem algumas denúncias que chegaram até nós de que o Polo seria um poluidor a ponto de gerar doenças empessoas da cidade de São Paulo. Então nós temos que nos embasar em informações suficientes para que possamos ter certeza disso e depois convidar o Polo para que possa dar uma explicação de qual planejamento que ele tem para resolver esse problema”, disse o vereador.
Como a investigação será feita pelo Legislativo paulistano, problemas que ocorrem nos bairros de Mauá e Santo André que estão próximos do Polo não serão investigados, mas Guedes considera que a movimentação na Capital pode reverberar no ABC, principalmente após a participação de alguns vereadores andreenses nas audiências públicas que foram realizadas nos últimos meses como Ricardo Alvarez (PSOL) e Wagner Lima (PT), além do prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT).
Alessandro afirmou que pretende tomar cuidado com as investigações para que não haja uma movimentação judicial que possa impedir os trabalhos da comissão e que também não ocorra uma mobilização a ponto de fazer com as empresas que estão instaladas no local possam migrar para outro lugar. O ponto principal é manter o caminho da busca de uma solução para a poluição, que dê maior qualidade de vida para os moradores do entorno e que possa manter os empregos gerados pelo Polo.