
Diagnosticado aos dois anos de idade com Espectro Autista (TEA), o pequeno Gael Xavier tem enfrentado dificuldades para tratar a doença em Mauá. O pai, Joel Martins Xavier, contou em entrevista ao RD que o convênio NotreDame Intermédica não disponibiliza a terapia ABA (análise do comportamento aplicada) na cidade, o que tem dificultado a situação da família.
Desde dezembro do ano passado que o reclamante tenta marcar a terapia para Gael próximo de sua residência, mas desde então não tem conseguido. O tratamento consiste no ensino intensivo das habilidades necessárias para que o indivíduo diagnosticado com autismo se torne independente e tenha melhor qualidade de vida.
O tratamento de terapia ocupacional, junto com psicóloga e fonoaudióloga deve ser feito três vezes por semana, mas o pai conta que o convênio mostra disponibilidade do tratamento apenas em outra cidade da região, em São Bernardo, o que complica a locomoção com o pequeno. “Preciso de quatro conduções, entre ida e volta, para levar ele (Gael) a São Bernardo. A terapia é a longo prazo, não é um simples exame que preciso me locomover apenas uma vez”, reclama. Ainda segundo o pai, a criança não consegue andar muito tempo em ônibus. “Ele se desespera, fica abalado porque são horas dentro do transporte”, diz.
Para tentar resolver a situação, Xavier conta ter ligado em clínicas conveniadas, em Mauá, mas foi orientado por todas que o convênio precisava autorizar a realização do tratamento. “Já entrei até no Reclame Aqui, fiz denúncia na ANS e ligo para o convênio, mas abrem chamado e não resolvem a situação”, relata.
Com as crises cada vez mais frequentes, o pai pede que o convênio dê um suporte para Gael, com atendimento próximo de sua residência.
Em nota, a Notredame Intermédica informa que não possui prestador credenciado em Mauá para a realização de terapia ABA. “Portanto, o agendamento foi feito no município mais próximo, numa distância que atende os critérios da ANS”, diz o convênio em nota.