
Há menos de um mês para o início das convenções partidárias que definirão os candidatos e candidatas, o cenário paulista segue com algumas interrogações, entre elas, o futuro do ex-governador Márcio França (PSB) e a vaga de vice de Fernando Haddad (PT). Em entrevista ao RDtv nesta quarta-feira (22/6), o deputado federal Alexandre Padilha (PT) defendeu a espera pela decisão do socialista para que ocorra uma resposta para a segunda pergunta do bloco da esquerda em São Paulo.
“Eu acho que o companheiro Márcio França é uma figura muito importante, já foi governador do Estado de São Paulo, foi deputado federal, tem um peso importante e é uma figura que pode somar muito a esse verdadeiro bloco, time que podemos montar em São Paulo que tem Lula, Alckmin, Haddad, Marina Silva, Boulos, time que vai puxar a campanha do Lula e do Haddad no Estado de São Paulo”, comentou o parlamentar.
Nos bastidores já se fala de um possível apelo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para que França saia da disputa pelo comando do Palácio dos Bandeirantes e parta para a busca de uma vaga no Senado, assim unificando o palanque do bloco em São Paulo.
Padilha até vê que Márcio França poderia ser um possível pré-candidato a vice-governador, porém, outros nomes estão sendo colocados na pré-lista, entre eles, o da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede Sustentabilidade). Para o deputado federal, a ideia é a figura para ocupar a segunda vaga na chapa seja “complementar” a Haddad, como por exemplo, uma mulher e/ou alguém do interior do Estado.
Outros temas
Alexandre Padilha visitou nesta quarta-feira a sede da Brasken e reforçou a necessidade de uma maior defesa da Indústria Química, inclusive criticando a tentativa do governo de Jair Bolsonaro (PL) de acabar com o Reiq (Regime Especial da Indústria Química) que garante incentivo fiscais para o setor. Considera que o Brasil necessita de um plano nacional da indústria e ampliar os horizontes, por exemplo, explorando toda a cadeia produtiva da área da Saúde, o que pode englobar a indústria da transformação, tecnologia e química.
O parlamentar também defendeu a implantação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar os supostos casos de corrupção no Ministério da Educação durante a gestão de Milton Ribeiro, ex-ministro que foi preso nesta quarta-feira pela Polícia Federal.
Além disso, Padilha entrou com representação para apuração da conduta da juíza Joana Ribeiro, responsável por não permitir que uma criança de 11 anos que foi vítima de estupro e que acabou engravidando, de fazer o aborto em Santa Catarina. Para o ex-ministro da Saúde, diversos pontos da lei federal foram desrespeitados neste caso.