
Em sua última sessão antes do recesso de julho, a Câmara de Mauá aprovou nesta terça-feira (28/6) quatro autorizações para que a Prefeitura contraia empréstimos de até R$ 165 milhões com bancos públicos para investir no município. As propostas foram alvo de protesto de um grupo de pessoas chamadas pelo vereador Sargento Simões (Avante) para protestar contra as tentativas. Tal manifestação gerou uma série de reclamações durante a sessão.
A galeria estava lotada com os apoiadores de Simões e alguns aliados do governo Marcelo Oliveira (PT). Os principais embates começaram no início da votação dos projetos, a cada voto favorável gritos de “ladrão” contra os vereadores eram ouvidos. O presidente da Casa de Leis, Zé Carlos Nova Era (PL), teve que intervir, mas o confronto seguiu até que Simões deixasse o plenário, o que fez com que o grupo fosse embora.
Neste momento, os vereadores reclamaram da postura, pois consideram que todos deveriam ficar até o fim para escutar a todos os parlamentares. Márcio Araújo (PSD) chegou a apontar a possibilidade de que notícias falsas circulem pelas redes sociais levando em conta os votos favoráveis da maioria dos legisladores para a autorização dos empréstimos.
Em seu discurso, Sargento Simões chegou a destacar que o empréstimo não era bom para a cidade por falta de condições administrativas e levantou a suspeita de que o dinheiro poderia ser utilizado para atos ilícitos, algo que foi aplaudido por seus apoiadores.
O que foi aprovado?
A primeira autorização foi para contrair um empréstimo de até R$ 50 milhões junto ao Desenvolve SP – Agência de Fomento do Estado de São Paulo, com o objetivo de investir em recuperação de vias públicas, incluindo os serviços de pavimentação e recapeamento de ruas.
O segundo é junto ao Banco do Brasil, a partir do programa Eficiência Municipal do Banco do Brasil, com objetivo de conseguir até R$ 35 milhões para investimento na administração municipal a partir da aquisição de móveis e equipamentos, manutenção em secretarias, obras em prédios públicos e requalificação viária.
E outros dois junto à Caixa Econômica Federal, cada um pedindo até R$ 40 milhões, para investimentos em obras viárias, de infraestrutura urbana, construção de equipamentos esportivos e também na administração municipal.
Em todos os casos, a Prefeitura terá que mostrar que está devidamente apta a conseguir os valores e não há garantias para que todo o valor pedido seja realmente emprestado.
Sargento Simões votou contra todos as autorizações e Admir Jacomussi (Patriota) só votou favorável ao pedido junto ao Banco do Brasil.