
O ex-ministro e ex-deputado federal Aldo Rebelo (PDT) visitou o ABC nesta quarta-feira (29/6) para tratar de sua pré-candidatura ao Senado Federal por São Paulo. Ao RDtv o pedetista falou sobre sua preocupação sobre a economia, principalmente com a crescente desindustrialização e em relação ao cenário presidencial. Aldo não crê em segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), mas que um dos dois enfrentará Ciro Gomes (PDT). Sua teoria é baseada na alta rejeição do ex e do atual presidente.
“Eu não acredito em vitória no primeiro turno devido a alta rejeição dos dois principais candidatos. A rejeição do PT é muito elevada e a rejeição do atual presidente é muito elevada. Essas rejeições vão se ampliar, porque as candidaturas optaram por uma estratégia que é aumentar a rejeição uma da outra, e quando as duas candidaturas trabalham para aumentar a rejeição uma da outra, é que vai aumentar a rejeição das duas”, iniciou o ex-ministro.
Aldo considera que o aumento da rejeição de Lula e Bolsonaro fará que uma alternativa possa aparecer e tomar esse espaço. O ex-ministro avalia que a terceira via “fracassou” a partir da desistência do ex-governador paulista João Doria (PSDB) em disputar a presidência. Sem um nome mais forte dos partidos de Centro, o pré-candidato aposta que Ciro Gomes poderá crescer e assim garantir uma vaga para a segunda etapa da eleição. Tanto que o ex-deputado rejeitou qualquer cenário que mantenha a polarização no segundo turno.
“O Ciro Gomes é uma alternativa, porque representa o pensamento antigo do Brasil, mas muito atual, que é o nacionalismo e o trabalhismo. O Brasil almeja por voltar a crescer, voltar a desenvolver, voltar a se reindustrializar, voltar a ter uma economia competitiva e isso tem a c ara do nacionalismo de Getúlio (Vargas) e o Ciro Gomes é o intérprete da volta do crescimento”, explicou.
Sobre sua pré-candidatura, Aldo Rebelo aposta que o debate sobre a participação de um representante de São Paulo nos principais temas discutidos no Senado Federal vai ser mais importante do que ter um nome conhecido. O pré-candidato não esconde que nomes como de José Luiz Datena (PSC), Márcio França (PSB), Janaína Paschoal (PRTB) e Carla Zambelli (PL) são competitivos para a disputa da vaga atualmente ocupada por José Serra (PSDB), mas ainda vê espaço para a discussão sobre os temas mais importantes.