
O número de pacientes em tratamento contra o câncer no ABC é uma incógnita. Na segunda-feira (11/07) o governador Rodrigo Garcia (PSDB) veio à região para anunciar que o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) vai começar o atendimento oncológico, mas a Secretaria Estadual de Saúde não informou o tamanho desse público alvo, se limitando a informar somente que a unidade tem capacidade para 400 quimioterapias mensais. Os municípios em geral encaminham os pacientes para o Estado e, salvo algumas exceções, a maioria não tem o controle desses pacientes.
Se na maior parte da região o número de pacientes de oncologia em tratamento não é conhecido, em algumas cidades os números apontam para o tamanho desse público que não é pequeno. Na região somente São Bernardo, São Caetano e Santo André, oferecem atendimento para oncologia. No âmbito estadual, além do AME de Santo André, o hospital Mário Covas é outra referência.
São Bernardo informou que a cidade tem atendimento em oncologia de alta complexidade e eu é referência nesse serviço. “São Bernardo é o primeiro município do ABC a ofertar o serviço de radioterapia pública. Cerca de 80 novos pacientes iniciam, mensalmente, o tratamento contra o câncer na Unacon (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia) no Hospital Anchieta. Até junho de 2022, foram ofertadas 6.187 consultas oncológicas pela rede municipal. O Hospital Anchieta também é responsável pelas internações oncológicas clínicas. Não há fila de espera para esses tratamentos, bem como para os exames. A Unacon é responsável pelo acompanhamento e tratamento de tumores sólidos. Os tumores líquidos (leucemias, linfomas e mielomas) são encaminhados à Cross. O município tem como referência estadual para estes tratamentos o Hospital Mário Covas”, informou a prefeitura, em nota.
São Caetano atende oncologia clínica e cirúrgica. Segundo a prefeitura há 255 pacientes em tratamento de quimioterapia e 259 em tratamento de hormonioterapia. A administração também informa que não há fila de espera para exames, quimioterapia e radioterapia. “A cidade possui um Centro de Oncologia que faz triagem e tratamento, atende a população como hospital dia e acolhe o paciente das consultas até a administração de quimioterápicos. Se houver necessidade de internação o Hospital Maria Braido tem um setor com acompanhamento de equipe de oncolologia”, explica o município.
A prefeitura de Santo André encaminha as quimioterapias através da Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) para a Rede Hebe Camargo, que é do Estado. A administração disse que tem oferta de oncologia e radioterapia e que não há fila de espera. A cidade não informou, no entanto, quantos pacientes estão em tratamento ou quantas consultas de oncologia são realizadas por mês.
Diadema e Ribeirão Pires informaram que não contam com atendimento especializado e encaminham os pacientes para a Rede Hebe Camargo, via Cross. Rio Grande da Serra e Mauá não responderam.