
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) , a enxaqueca é a 10ª doença mais incapacitante e acomete em torno de 15% da população mundial. No Brasil, são aproximadamente 30 milhões de pessoas que sofrem da doença. É comum a confusão ao associá-la a cefaleia tensional (dor de cabeça), mas ambas não são a mesma coisa.
Em entrevista ao RD, o neurologista e professor do Centro Universitário FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Rudá Alessi, explica que migrânea (nome técnico para enxaqueca), por definição, e mesmo não sendo a cefaleia de maior intensidade, é incapacitante. “Já existem quase 300 tipos de cefaleias descritas, sendo a cefaleia tensional a mais comum e a enxaqueca a principal causa de incapacidade temporária e de procura de auxílio médico”, explica o médico.
Muitos podem ser os fatores para o desenvolvimento da enxaquecas, como falta de sono, mudanças no clima, fome, excesso de estimulação dos sentidos, estresse, entre outros. A doença é mais comum nas mulheres. A Sociedade Brasileira de Neurologia estima que 76% das mulheres e 57% dos homens apresentarão pelo menos um episódio por mês. Alessi explica que mulheres tendem a ter mais crises de migrânea devido ao período menstrual.
“O tratamento da enxaqueca pode ser abortivo (o uso de uma medicação no começo da dor, de modo a tentar eliminar a crise) ou profilático (o uso contínuo de uma medicação, que não é um analgésico ou um anti-inflamatório, independente da presença da dor, para diminuir a frequência e intensidade das crises)”, reforça.