
Ao longo desta semana, uma parcela de cidades do Estado de São Paulo registrou perdas de lotes da vacina contra a covid-19, e um dos principais motivos foi o vencimento do lote destes imunizantes. Em razão disso, as prefeituras intensificaram a fiscalização das vacinas, e no ABC a situação não foi diferente.
Em uma pesquisa dos lotes, a Secretaria de Saúde de Ribeirão Pires constatou que ao menos 22,9 mil doses do imunizante deveriam ser descartadas. Em nota, a administração explica que o número engloba todos os tipos de perdas, não apenas as “classificadas por vencimento”. Também afirmou que, no ano passado, houveram perdas de imunizantes, porém não soube mensurar o número.
Já nas demais cidades, as prefeituras de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema declararam que não houveram perdas de imunizantes “desde o início das campanhas de vacinação contra a covid-19”. Mauá e Rio Grande da Serra não retornaram aos questionamentos.
Validade das vacinas
Em abril, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a prorrogação do prazo de validade de dezenas de lotes da vacina AstraZeneca, fabricadas pela Fiocruz. Com a mudança, a validade passa de seis para nove meses a partir da data de fabricação. A lista com todos os lotes que sofreram alteração pode ser consultada no site da Anvisa (clique aqui).
Testes regulares determinam a validade dos imunizantes e, ainda, se é possível estender o prazo para garantir a proteção da população. O cálculo é feito a partir de um processo de aceleração do tempo para estimar quanto que a vacina vai durar. O teste, de acordo com a Anvisa, é feito por meio de exposição da vacina a uma temperatura mais elevada, seguida de testes no laboratório para medir a eficácia dos imunizantes – independente do fabricante.