
Começou nesta segunda-feira (08), no ABC, a campanha de vacinação contra a Poliomielite e outras doenças. A iniciativa é uma estratégia das prefeituras para que pais e responsáveis atualizem a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade. Na região, cerca de 118 postos estão mobilizados para a campanha.
Em entrevista ao RD, a médica infectologista de Santo André, Elaine Matsuda, explica que a importância da vacinação se deve ao fato de que o vírus já não circula há anos, e em razão disso, não existe imunidade vacinal, nem imunidade por doença. “Se o vírus voltar a circular no País, podemos ter um novo surto de Poliomielite com graves consequências”, diz ao frisar que a vacina é eficaz e pode manter a doença erradicada.
Ainda segundo a infectologista, a Poliomielite pode gerar graves sequelas motoras no corpo da criança, que caracterizam, por exemplo, a paralisia infantil e que pode levar à morte do paciente. A informação dada pela profissional é que em 1994, a doença foi considerada oficialmente eliminada do território nacional, quando o Brasil recebeu o certificado da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), mas deve-se ficar atento.
Carteiras de vacinação
Das sete prefeituras questionadas, somente São Bernardo informou quantas carteiras de vacinação estão em atraso. Por meio de nota, a Secretaria de Saúde informou que “considerando as crianças menores de um ano, faixa etária utilizada pelo Ministério da Saúde para calcular a cobertura vacinal, cerca de 40% têm ao menos uma dose em atraso na cidade”.
As demais prefeituras não informaram o número de carteiras de vacinação desatualizadas, no entanto, declaram que têm feito ações através de seus canais de comunicação para conscientizar pais ou responsáveis a manterem a vacina das crianças em dias, além de combater desinformação em relação a imunização.
Rio Grande da Serra não retornou até o fechamento da reportagem.