
A investigação sobre a morte do ambientalista e marinheiro Adolfo de Souza Duarte, o Ferrugem, completou nove dias nesta terça-feira (09/08) e já ouviu 12 pessoas. As investigações seguem em andamento no 101° Distrito Policial da Capital (Jardim das Imbuias) que solicitou exames periciais no barco e no corpo da vítima que foi encontrado no sábado (06/08).
Apesar de ter ocorrido na margem da Billings do lado da Capital, Ferrugem era muito conhecido no ABC por conta do seu trabalho na represa. O desaparecimento aconteceu quando ele conduzia um barco com quatro passageiros que pagaram pelo passeio na represa. Já era noite e segundo os testemunhos um solavanco fez com que ele e uma passageira fossem lançados na água. A mulher foi resgatada e o marinheiro desapareceu.
A ambientalista e bióloga, Marta Marcondes, que é coordenadora do Projeto IPH-USCS (Índice de Poluentes Hídricos da Universidade Municipal de São Caetano do Sul) conhecia bem Ferrugem e lamentou o ocorrido. Ela fez várias viagens de barco para a coleta de água da represa para as pesquisas do IPH. “O Ferrugem ia sempre com a gente ele conhecia toda a região e achei muito estranho, pois ele foi criado na represa nadando por ela desde criança”, disse a pesquisadora.
Ferrugem tinha 41 anos, era educador ambiental e também trabalhava na ONG Meninos da Billings. Através da ONG Ferrugem também participava de ações de conscientização sobre a proteção do meio ambiente e também ajudava no projeto Remada na Quebrada, dando aulas de caiaque e stand-up paddle na represa para crianças de comunidades carentes que ficam próximas à represa.