
Um homem foi detido pela Guarda Civil Municipal de Rio Grande da Serra no início da tarde desta quinta-feira (18/08) e é investigado por perseguição a uma menor de idade na Vila Conde Siciliano. A vítima, uma jovem de 16 anos, já havia relatado à mãe ter sido perseguida pelo homem outras vezes, até que nesta quinta-feira, ele voltou a dizer palavras com conotação sexual para ela, mas desta vez ele acabou abordado por outros populares que ameaçavam linchá-lo.
A GCM foi chamada e impediu o linchamento. “Fomos chamados para o local e, quando chegamos, ele estava detido por populares que ameaçavam um linchamento, o tiramos de lá e levamos para a delegacia”, explicou o comandante Renan Bressani que junto com o inspetor-chefe Juliez e o sub-comandante Serafim, atenderam a ocorrência. Segundo os guardas, o homem já teria perseguido outras mulheres no bairro.
De acordo com o depoimento da vítima à polícia, o suspeito se aproximou dela e disse: “Não vou mexer com ela agora, mas mais pra frente ela vai passar na minha mão”. A mãe que estava próxima, viu a situação e acionou outras pessoas para segurar o homem. A mãe declarou à polícia que essa não foi a primeira vez que o homem perseguira sua filha; disse que no mês passado ele seguiu a menina quando ela foi até a padaria, ele teria tentado beijar a jovem à força, mas não conseguiu e ela fugiu. A família já tinha registrado um boletim de ocorrência contra o homem sobre essa situação ocorrida em julho.
Ao delegado Marco Antônio Pereira, o homem detido apresentou versões confusas sobre o ocorrido. Ele disse que conhecia a vítima de quando ambos eram crianças e que por isso a procurava. O homem tem 52 anos de idade, 36 a mais que a vítima.
O homem foi arrolado como investigado no crime previsto no artigo 147 A do Código Penal que versa sobre perseguição. “Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”, diz a legislação. A pena para esse tipo de crime é de reclusão, de 6 meses a 2 anos, e multa. O investigado foi ouvido e vai responder em liberdade.