ABC - quinta-feira , 24 de abril de 2025

Valor da cesta básica registra queda de R$ 50 no ABC

O valor médio da cesta básica no ABC apresentou queda em agosto, após atingir valor recorde no mês anterior. O engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá de Benedeto, afirma que, ao analisar os 34 produtos que compõem o consumo estipulado de uma família com dois adultos e duas crianças durante 30 dias, foi possível notar queda de 4,38% no valor da cesta, cerca de R$ 50 a menos em relação ao mês anterior.

Em entrevista ao RDtv, Vezzá esclarece que após bater o recorde de R$ 1.141,01 em julho, o valor da cesta básica em agosto foi de R$ 1.091,05. “De acordo com especialistas, no mundo todo, a queda do valor de commodities agrícolas é o grande responsável por esta diminuição no valor da cesta. A queda do preço internacional do arroz, do milho e do trigo, causa redução do custo na produção de outros alimentos, como o óleo de soja e outros derivados”, ressalta o engenheiro.

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O especialista expõe, ainda, que entre os 34 produtos, 22 recuaram nos preços, mas, assim como no mês anterior, o preço da cebola e da banana continuam subindo. “O preço da cebola está tão caro quanto em período em que o produto esteve em falta. E, nesta época de inverno e com um grande período sem chuvas, a banana também se tornou um vilão”, relata.

Vezzá explicita que a queda mais importante é a do preço do arroz, por se tratar de um produto comum no dia-a-dia de todos os brasileiros. “No começo da pandemia todo mundo queria comprar arroz com medo dos altos preços, mas o auge do preço do arroz ocorreu no final de 2020 e começo de 2021 e, depois disso, felizmente, ele só recuou”, informa o engenheiro.

Com a diminuição do preços dos combustíveis, Vezzá afirma que houve reflexo no preço dos alimentos, já que o combustível é um dos maiores contribuintes para o aumento da inflação. “Mesmo em pouco tempo, já foi possível notar queda. Os produtos que mais tiveram os preços influenciados por conta desta diminuição foram os alimentos frescos, como verduras, frutas e legumes”, explica.

O agrônomo explica, ainda, que o período que o País se encontra ajuda a favorecer na alta dos preços em todos os setores. “A questão do fornecimento de energia estar mais caro e a implicação da guerra da Ucrânia contribuem para que os insumos tenham uma piora nos preços, mas temos esperança que as coisas vão melhorar e o valor da cesta básica continuará diminuindo”, conclui.

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