
O Projeto Futuro Paralímpico, gerido pelo Instituto Brasileiro de Inclusão Sociocultural (IBISC), começará a ministrar aulas gratuitas para crianças e adolescentes de 8 a 17 anos, portadores de deficiência física, a partir da primeira semana de novembro, em Mauá. Serão três modalidades esportivas: vôlei sentado, atletismo e basquete em cadeira de rodas, todas inclusas no programa Paralímpico.
O projeto, que tem patrocínio da Braskem e Cooperativa de Consumo (Coop), atenderá 80 alunos, fornecendo uniformes e materiais esportivos específicos de cada modalidade, colocando à disposição professores capacitados e distribuindo lanches após os treinos.
Em entrevista ao RD, o presidente do Instituto, Vlademir Pereira Silva, conta que o projeto existe há alguns anos, mas por conta da pandemia só conseguiu ser executado neste ano. “Já executamos outros projetos semelhantes em diversas cidades, e este em especial foi aprovado duas vezes, mas por conta da pandemia não conseguimos realizar antes. O Centro Paralímpico Brasileiro é de primeiro mundo, pois conta com excelente estrutura, e além das aulas, também temos um projeto que levamos as crianças para conhecerem o local”, diz. Pereira é morador de Mauá e por ter feito diversos projetos ligados ao esporte na cidade desde 2015, optou em escolher como sede Mauá e São Paulo.
Segundo o presidente, o IBISC acredita que o esporte é uma forte ferramenta de sociabilização de crianças e adolescentes, podendo interferir positivamente contra a incidência de drogas, evasão escolar e principalmente inclusão. O Instituto já atendeu 800 crianças, dentre essas, 300 moram no ABC. Em Mauá, as aulas serão em contraturno, alunos que estudam de manhã terão aula na parte da tarde e vice-versa, com duração de 12 meses, podendo ser renovado. Para se inscrever não é necessário ser residente na cidade.
As aulas serão ministradas no Ginásio Poliesportivo Celso Daniel, localizado na rua Fábio José Delpoio, 123, bairro Vila Noemia. Os interessados devem se inscrever nestes mesmos locais. Informações: (11) 97410-7701.
ABC
Em São Caetano, além do alto rendimento, a cidade investe no paradesporto comunitário. Em parceria com a Sedef (Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida), a SELJ (Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude) e a ADD (Associação Desportiva para Deficientes), promovem, por meio do Programa de Iniciação ao Esporte Adaptado, atividades físicas com a finalidade de despertar o gosto pela prática paradesportiva em crianças e jovens de 6 a 21 anos.
As aulas ocorrem desde março, no Cespro (Centro Esportivo e Social do Bairro Prosperidade). A Prefeitura também firmou parceria com o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), por meio do Projeto Escola Paralímpica de Esporte, em fase de implementação. A ação atende crianças e jovens com deficiência entre 8 e 17 anos, nas modalidades atletismo, natação, badminton, judô, goalball, futebol de 5, bocha, tênis de mesa, vôlei sentado, esgrima e futebol de 7. Além disso, engloba a capacitação dos professores de Educação Física da rede municipal de ensino. Não há mais vagas até o fim do ano, mas para se inscrever, basta procurar a SELJ pelo telefone 4233-8916.
Já em Ribeirão Pires, a Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer de Ribeirão Pires (SEJEL) estuda a implantação de modalidades esportivas adaptadas, voltadas às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Com a revitalização do Ginásio Ozíris Grecco, cuja entrega acontece neste sábado (8), a Pasta retoma as atividades coletivas de quadra e projeta a ampliação das ofertas esportivas.