
Com diversos ferimentos na cabeça e fraturas no rosto, Carlos Sales Peres, de 63 anos, se recupera no Hospital Brasil, em Santo André, depois que um fragmento de concreto o atingiu na cabeça durante a madrugada de segunda-feira (7/11). O acidente ocorreu quando Peres passava pela rua Fichet, bem embaixo do viaduto Presidente Castelo Branco que fica sobre a estação de trem Prefeito Saladino. A família registrou boletim de ocorrência e uma advogada acompanha o caso.
A filha da vítima, Tatiane Peres Ibelli, disse que o pai se recupera bem dos ferimentos. “Ele está bem, consciente e estável”, comenta. Diz que a família espera por algum tipo de amparo da Prefeitura de Santo André, o que ainda não aconteceu. “A Prefeitura ainda não entrou em contato conosco”, afirma. “Estamos com o boletim de ocorrência e a advogada irá prosseguir com o processo”, resume.
Eram por volta de 5h da manhã quando Peres e um amigo passavam pela rua Fichet em direção à estação de trem para irem ao trabalho. A pedra que atingiu Peres tem mais de dois quilos e seiscentas gramas. O fragmento se desprendeu de um dos lados do viaduto e atingiu a cabeça e o rosto do homem que, mesmo ferido, pediu socorro à família já que sua casa fica a poucos metros do local do acidente. Outros pedaços de concreto têm caído do viaduto nos últimos dias.
Em nota, a Prefeitura não fez menção ao paciente internado no Hospital Brasil. Falou apenas sobre as condições do viaduto. “A Secretaria de Mobilidade Urbana de Santo André informa que o viaduto Presidente Castelo Branco será recuperado estruturalmente. Os serviços de recuperação da estrutura foram iniciados pela parte inferior, porém neste vão, sobre a rua Fichet, não foi iniciada nenhuma intervenção na estrutura do viaduto. Na parte superior nenhuma intervenção foi iniciada e as obras terão início nos próximos dias”, informa o Paço, em nota.
De acordo com a Prefeitura, o viaduto Castelo Branco é um elevado projetado e construído em duas etapas, sendo a primeira em 1967 a partir da transposição da linha férrea, da avenida dos Estados à avenida Industrial, e a segunda etapa em 1974, com a complementação até a avenida Prestes Maia. “Nas áreas onde foram executadas as intervenções, durante sua execução, os locais foram isolados com tapume e foram instaladas sinalização de obras e os desvios pertinentes tanto para pedestres, quanto para veículos”, conclui a nota da prefeitura.

Apesar de a Prefeitura informar que não há obras na parte superior do viaduto, a família de Peres fez imagens na parte de cima dele, que mostram buracos na parte de concreto ao lado das pistas de rolamento com vários pedaços de concreto soltos.