
O mês de novembro também abriga a Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido, que visa informar a população sobre como manter a audição saudável. O zumbido é apenas um dos muitos problemas auditivos que acometem a população.
De acordo com estudo de 2019, do Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda, 10,7 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva. Do total, 2,3 milhões têm deficiência severa. A surdez atinge 54% de homens e 46% de mulheres. Entre os deficientes auditivos, 9% nasceram com essa condição e 91% a adquiriram ao longo da vida.
Os postos de saúde são amostra disso. São Caetano registra por mês mais de 500 pedidos por consultas de otorrino. No mesmo período do ano passado foi pior. Havia 1.382 à espera por consulta. Os exames mais solicitados são audiometria e nasofibromialgia.
São Bernardo realiza cerca de 340 consultas ambulatoriais todos os meses de otorrinolaringologia geral no Hospital de Clínicas Municipal, principalmente audiometria e bera. Ainda devido à pandemia, algumas especialidades estão com demanda ambulatorial, sem necessidade de urgência, reprimida. O município trabalha com oferta de 100% da capacidade para que o atendimento seja normalizado e realizado com maior brevidade possível.
Sem fornecer mais informações, a Prefeitura de Ribeirão Pires possui atualmente 30 munícipes na fila de espera na otorrinolaringologia.
O médico Fernando Veiga Angelico Júnior, professor de otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina do ABC, avisa que o uso do fone de ouvido alto por muitas horas seguidas pode levar a perda da audição. “A depender do volume que a pessoa está escutando o som, pode causar o que chamamos de trauma acústico, um problema comum de audição”, esclarece.
Prevenção
Fernando Veiga Angelico Júnior conta que qualquer problema que surgir no ouvido, é para procurar um especialista imediatamente. “Se tiver algum tipo de dor, sair algum tipo de líquido do ouvido, perda de audição e zumbido, o ideal é buscar um otorrino o quanto antes, para o tratamento adequado”, alerta.
Thiago Resende, otorrinolaringologista da Santa Casa de Mauá, diz que é importante todos terem um acompanhamento de perto com o otorrino. “Sempre recomendamos fazer uma rotina auditiva anual, se apresentar algum problema, realizar as consultas semestrais. Preventivamente orientamos a não usar cotonetes, pois pode causar ferimentos internos e evitar barulhos intensos”, explica Resende
Questionadas as Prefeituras de Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra e Santo André não responderam até o fechamento da matéria.