
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, elogiou neste sábado (26/11), paramilitares da Basij, responsáveis por reprimir com violência os protestos no País, que começaram em setembro, após uma jovem sob custódia da polícia moral do país ser morta – ela foi detida sob a alegação de que usava o véu obrigatório para mulheres de maneira errada.
Khamenei dirigiu-se a membros da milícia voluntária da Guarda Revolucionária de elite e reiterou informações sem fundamento de que os manifestantes que protestam em todo o país são “ferramentas dos EUA” e “mercenários”. “(O) Basij não deve esquecer que o principal confronto é com a hegemonia global”, disse ao se referir aos EUA.
Mercenários
Exaltando as virtudes militares e sociais dos Basij ao longo das décadas, Khamenei disse que as forças “se sacrificaram para salvar as pessoas de um bando de desordeiros e mercenários”, referindo-se à recente agitação em todo o país. “Eles se sacrificaram para enfrentar a opressão.”
A repressão do Irã já teria matado ao menos 448 pessoas e deteve mais de 18 mil, de acordo com o Human Rights Activists in Iran, grupo que monitora as manifestações no país.